A Motorola Mobility quer estabelecer um novo acordo com a Microsoft para por fim a inúmeras ações abertas por quebra de patentes entre as companhias. A informação é do vice-presidente de propriedade intelectual da Motorola, Kirk Dailey, dada ao The Wall Street Journal.
Mais de 50 companhias já firmaram acordos de patentes com a Motorola, de acordo com as fontes. Dailey define tanto a Microsoft quanto a Apple como exceções, já que elas não concordam com o pagamento de licenças. Para ele, as duas empresas precisam "mostrar que estão tentando ser razoáveis, já que a Motorola gastou dezenas de bilhões de dólares no desenvolvimento dessas tecnologias e, de fato, inventou a indústria de celulares".
A fabricante reivindica patentes padrões de mercado, sob licença do chamado princípio Frand (sigla em inglês para justo, razoável, acessível e não discriminatório). A taxa oferecida é de 2,25%, em média. Mesmo assim, para a Microsoft, o valor é considerado "exorbitante". O conselheiro geral de propriedade intelectual da companhia, Horacio Gutierrez, afirma em nota que é muito difícil chegar a um consenso com o Google.
"Enquanto consideramos bem-vindos qualquer esforço para um acordo, é difícil pensar no pagamento de royalties da Microsoft para o Google em taxas excessivas, ainda mais porque o Google se recusa a licenciar todas as patentes da Microsoft quebradas pela Motorola", afirma o executivo. Procurada pelo jornal, a Apple não quis comentar o assunto.