Os CEOs da Microsoft e da Cisco lançaram uma campanha pública incomum para duas companhias que vêm disputando cabeça a cabeça, nos últimos anos, para ver que sai na frente no desenvolvimento da ?grande nova tecnologia do mercado?. Os executivos anunciaram na segunda-feira (20/8) que as duas empresas passarão a trabalhar em maior colaboração com o objetivo de atender o mercado com soluções menos fracionadas e fornecidas até mesmo de forma conjunta.
O anúncio vem exatamente no momento em que a Microsoft se prepara para atacar o mercado de comunicações unificadas, com uma solução que reúne voz, e-mail e mensagem instantânea, o que a coloca em concorrência direta com Cisco que, por sua vez, começa a desviar o foco do seu mercado original, o de redes, e a ingressar com força no segmento de aplicações, que abrange desde soluções de videoconferência até set-top boxes de TV.
?Os clientes estão pedindo ? embora haja alguma sobreposição?, disse John Chambers, CEO da Cisco, ao jornal britânico Financial Times. O executivo disse que ele e Steve Ballmer, CEO da Microsoft, fizeram um levantamento das áreas de atuação e que foram repensadas pelas duas empresas, de modo que possam promover uma visão comum sobre voz, dados, vídeos e outras formas de mídia por IP.
Segundo ele, foram encontradas sete grandes áreas de colaboração, de modo que os engenheiros das duas companhias poderão trabalhar para que os programas de cada uma funcionem juntos. As áreas de colaboração são arquitetura de TI, segurança, gerenciamento, wireless e computação móvel, comunicações unificadas, entretenimento conectado e necessidades das empresas de médio porte.
?Os clientes estavam se tornando convencidos de que a Microsoft e a Cisco estavam indo para a guerra total, especificamente em comunicações unificadas?, disse Charlie Giancarlo, principal executivo na área de desenvolvimento da Cisco. ?E isso estava retardando as decisões da compra, já que os clientes queriam ter uma visão mais clara sobre os planos de desenvolvimento de produtos de cada companhia.? Agora com a cooperação, segundo ele, esse cenário deverá mudar.
