Pagamento por aproximação ganha presença no transporte público

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A adoção de sistemas inovadores de pagamento nos meios de transporte coletivo tem aumentado, mas ainda há desafios a serem solucionados para que a mobilidade urbana realize todo seu potencial de acelerar a inclusão financeira e tornar esse tipo de transporte melhor e mais acessível a todos.

A Visa apresentou hoje os resultados da nova edição do seu estudo "Futuro da Mobilidade Urbana", uma pesquisa realizada com 11.500 participantes, em 12 mercados (incluindo Chile e México), e que revelou que 51% dos usuários de transporte público pesquisados ainda recorrem a quatro ou mais meios de pagamento a cada mês para utilizar transporte público – destacando a necessidade de uma maior unificação e simplificação dos sistemas de transporte coletivo.

Na verdade, 64% dos pesquisados usariam um serviço digital para planejar, reservar e pagar antecipadamente todos os seus meios de transporte em uma única plataforma, e 94% dos passageiros esperam que os meios de transporte público aceitem pagamentos por aproximação no futuro.

"Os resultados do estudo demonstram a enorme oportunidade que existe na região para continuarmos transformando a mobilidade urbana com soluções inovadoras de pagamento digital que facilitem o deslocamento dos passageiros", diz Andres Polo, head de Mobilidade Urbana da Visa América Latina e Caribe. "Cada vez mais, os passageiros esperam que o transporte coletivo acompanhe os padrões de pagamento por aproximação. A Visa é uma parceira de confiança do setor de mobilidade urbana e estamos comprometidos a continuar expandindo essa tecnologia para desbloquear um valor que vai além do transporte urbano, promovendo a inclusão financeira, fortalecendo as economias locais e tornando as viagens diárias mais inclusivas e sustentáveis para todos."

A terceira edição do estudo "Futuro da Mobilidade Urbana" da Visa é uma continuação do estudo do ano passado, cujo foco foi o retorno do consumidor ao transporte público após a covid-19. A pesquisa deste ano destaca as percepções e atitudes dos passageiros em relação aos meios de pagamento usados nos sistemas de transporte coletivo.

Oportunidades na América Latina

Especificamente na América Latina, embora 54% dos passageiros pesquisados no Chile e 52% no México ainda usem quatro ou mais meios de pagamento diferentes, ambos os mercados estão acima da média global (64%) em termos de disposição para usar pagamentos digitais no transporte público. A grande maioria dos chilenos e mexicanos pesquisados (71% e 81%, respectivamente) está ansiosa para utilizar um serviço digital para planejar, reservar e pagar antecipadamente todos os seus meios de transporte em uma única plataforma. Outras descobertas importantes:

• Segundo a pesquisa, 50% dos mexicanos e 38% dos chilenos utilizam o transporte público regularmente para necessidades básicas, enquanto 34% e 32% dos consumidores pesquisados no Chile e no México usam o transporte público como principal meio de deslocamento.

• Nos dois mercados, os deslocamentos ocorrem principalmente em razão de necessidades diárias. Os chilenos pesquisados usam o transporte público principalmente para coisas do dia a dia (60%); na sequência vêm as atividades de lazer como ir a restaurantes, fazer compras ou encontrar amigos (48%) e deslocar-se de casa para o trabalho e vice-versa (46%). No México, 58% usam o transporte público para coisas do dia a dia, seguido de deslocar-se de casa para o trabalho e vice-versa (52%) e atividades de lazer (47%).

• O uso de um único meio de pagamento nas diferentes opções de mobilidade urbana ainda é baixo. Mundialmente, 19% dos passageiros usam uma única opção de pagamento em todos os seus meios de transporte. Os números não são diferentes no Chile e no México, onde 18% e 15% dos passageiros utilizam uma única opção de pagamento em todos os meios de transporte. Porém, se fosse possível usar uma única opção de pagamento em todos os meios de transporte, 44% dos entrevistados no Chile e 55% no México experimentariam diferentes formas de transporte público.

• Quase todos os indagados no Chile e no México (95% e 96%) esperam que os meios de transporte público aceitem pagamentos por aproximação, reforçando o valor dessa tecnologia para digitalizar milhões de transações de baixo valor em segmentos mal atendidos. Da mesma forma, 65% e 61% dos pesquisados no Chile e no México têm altas expectativas no sentido de que os meios de transporte aceitem pagamentos por aproximação.

• A tecnologia sem contato é bastante conhecida, uma vez que o cartão de pagamento por aproximação é a opção que mais tende a ser usada para pagar transporte público. No Chile, considerando todos os tipos de pagamento usados nos meios de transporte público, 41% dos usuários são mais propensos a pagar por aproximação usando um cartão de débito ou crédito físico ou armazenado em uma carteira móvel, seguidos dos cartões sem contato pré-pagos (26%). No México, 33% dos passageiros são mais propensos a pagar por aproximação usando cartões pré-pagos (físicos ou armazenados em uma carteira móvel), seguidos de cartões de débito ou crédito físicos ou virtuais (27%), também sem contato.

Desenvolvimento de soluções no Brasil

No Brasil, a Visa se uniu ao Cubo Itaú, mais relevante hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina. Com o objetivo de impulsionar as soluções de pagamento digitais e modernas, principalmente no ecossistema de mobilidade urbana do Brasil e América Latina, a companhia vem buscando parcerias para o desenvolvimento de soluções que possam atender dores apontadas por clientes e consumidores, como mais fluidez no momento dos pagamentos, mais sustentabilidade através da redução do uso de papel, maior segurança contra fraudes e redução dos gargalos do sistema.

"Ter a oportunidade de conectar uma gigante como a Visa com soluções desenvolvidas por membros do Cubo é potencializar novos projetos que podem impactar diretamente o cotidiano e qualidade de vida da população brasileira e de outros países da região", comenta Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú.

A expectativa da Visa é lançar ao mercado diversas soluções dentro dos próximos 12 meses, tanto com melhorias para mobilidade urbana, por meio de transportes públicos, quanto tecnologias voltadas a praças privadas, como estacionamentos de shoppings e centro de eventos. O intuito é que com estas propostas, novos casos de uso se tornem referência para o mercado, levando as vantagens de tecnologias modernas, como pagamento por aproximação e biometria facial, a um número cada vez maior de negócios e de pessoas.

"Na Visa, sabemos da importância de se trabalhar inovação de forma aberta e colaborativa. É unindo forças que potencializamos nossas tecnologias e conseguimos levar benefícios para toda a população brasileira. O Cubo Itaú é um excelente palco e parceiro nesse nosso desafio de transformar a mobilidade urbana no país", conta Julio Ramos, head de Soluções para Mobilidade Urbana da Visa no Brasil.

Rio de Janeiro

Um dos objetivos da Visa é desenvolver cada vez mais projetos de sucesso como a parceria com MetrôRio, onde os pagamentos por aproximação têm diminuído o custo e tempo de implantação e trouxeram importantes resultados.

No primeiro ano de parceria, houve um crescimento exponencial de pessoas que adotaram esse método de pagamento. Houve um aumento médio de 40% ao mês e o uso médio diário durante a semana ficou em 1,75 vez por passageiro.

Em relação a experiência do usuário, houve uma melhora de percepção pelo público, dado ao encurtamento das filas e a facilidade no processo de entrada das estações. A melhor evidência da percepção positiva dos usuários é a taxa de recorrência de 97%. Isso significa que após o primeiro uso, 9 em cada 10 pessoas continuam usando esta solução para outras viagens.

Quanto ao turismo, também foi impactado. Visitantes de mais de 20 países diferentes utilizaram a solução nas catracas do Rio de Janeiro no primeiro ano da implementação da tecnologia, sendo o primeiro lugar ocupado pelos britânicos, seguidos por argentinos, franceses e norte-americanos.

Outro tópico é a questão da segurança. O sistema de pagamentos criado pela companhia ajuda a identificar padrões de fraude e detectar transações suspeitas. Uma das maiores preocupações está relacionada ao sistema de gestão de transações, um software que auxilia a equipe do MetrôRio a acompanhar as transações, mudanças no perfil do passageiro e, principalmente, tentativas de fraude e taxas de autorização. No caso do MetrôRio, o risco financeiro se manteve em torno de 0,03%.

"Este é apenas um dos cases de sucesso. No Cubo Itaú desenvolvemos projetos tanto para o Brasil quanto para países da América Latina, que podem eventualmente ser adaptados de acordo com a necessidade de clientes com operações regionais", finaliza Julio Ramos.

A tecnologia Tap to Ride da Visa, que possibilita que os passageiros aproximem um cartão sem contato, celular ou vestível de um terminal de pagamento antes de embarcarem em um ônibus, metrô ou outro meio de transporte, tem crescido de forma impressionante. As transações por aproximação da Visa em sistemas de transporte público no mundo todo ultrapassaram a marca de um bilhão durante o ano fiscal de 2022. Nossas transações de mobilidade urbana na LAC também cresceram 75 vezes desde dezembro de 2019. Até o momento, a Visa tem mais de 650 projetos de transporte público no mundo e mais de 350 projetos em desenvolvimento, com 25 projetos na LAC já em operação em 13 cidades e 8 países e muitos outros acontecendo este ano.

Com experiência global em transformação da mobilidade urbana, nos últimos 15 anos, a Visa trabalhou para ajudar a simplificar e agilizar a modernização dos sistemas de cobrança de passagens em todas as formas de mobilidade urbana. Isso abrange facilitar e dar fluidez ao processo de adoção do pagamento por aproximação nas cidades. Estamos comprometidos a continuar trabalhando com prefeituras, urbanistas, secretarias municipais de transporte e operadoras para reimaginar a experiência de mobilidade urbana, buscando um transporte inclusivo, eficiente, sustentável e interconectado.

A Pesquisa de Mobilidade Urbana da Visa foi realizada pela Wakefield Research em maio de 2023 com 11.500 usuários de transporte público, em 12 mercados: Singapura, Japão, Egito, Austrália, Estados Unidos, Indonésia, Reino Unido, Paquistão, Alemanha, Itália, México e Chile. Foram estabelecidas quotas de 1.000 pesquisados por mercado, exceto no Chile (500).

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