Brasil sobe para 7ª posição no ranking de fraudes com cartões

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O índice de fraudes com cartões de crédito e débito registrou alta expressiva no Brasil neste ano. Pesquisa realizada pela ACI Worldwide em 17 países com 5.223 consumidores, coloca o país na 7ª posição no ranking de fraudes em meios eletrônicos, com 33%. Considerando apenas as taxas de fraudes em cartões de crédito, o Brasil aparece na 5ª posição, com 30% dos entrevistados, e em cartões de débito em 6º lugar, com 17%. Mesmo em cartões pré-pagos, cujas fraudes ainda são pouco representativas, o país já ocupa a 5ª posição, com 7% dos pesquisados relatando terem sido vítimas de fraudes. O Brasil foi o único país da América do Sul a fazer parte do estudo.

O México e os Estados Unidos lideram o ranking, com 44% e 42%, respectivamente, de entrevistados que disseram ter sofrido algum tipo de fraude. Suécia e Holanda estão entre as regiões com os menores índices, com 12% cada.

Em termos globais, 14% dos titulares de cartão de crédito e débito revelaram ter sofrido fraude por diversas vezes nos últimos cinco anos. A taxa neste ano aumentou expressivamente em relação aos 6% registrados em 2011. Os dados indicam que um em cada quatro titulares de cartões de crédito, débito e pré-pagos já tiveram algum incidente com fraude.

A pesquisa também abordou o nível de satisfação dos portadores de cartões com relação ao tratamento recebido por suas instituições financeiras após experiências com fraudes. Ela revela que os brasileiros, na comparação com outros países das Américas, são os menos satisfeitos e 56% estão "um pouco" ou "muito insatisfeitos”. Na maioria dos países, muitos consumidores não lembram de suas instituições financeiras terem fornecido informações de prevenção à fraude.

O levantamento mostra ainda que, no Brasil, as taxas de penetração de cartões são altas — todos os entrevistados possuem pelo menos um tipo do instrumento (crédito, débito, pré-pago) e um terço diz ter experimentado alguma forma de fraude nos últimos cinco anos. De acordo com Hugo Costa, country manager da ACI Worldwide no Brasil, os cuidados devem ocorrer tanto por parte do cliente, quanto dos fornecedores de cartões e instituições financeiras.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), somente no ano passado os bancos tiveram prejuízos de R$ 1,5 bilhão com fraudes eletrônicas — 60% a mais se comparado com o ano de 2010. “O maior risco do mercado brasileiro hoje está associado com o que chamamos de cartão não presente, ou seja, transações feitas via internet banking ou comércio eletrônico, ou uma transação que você inicia, por exemplo, por telefone e que não necessita o uso do cartão físico, propriamente dito”, completa Costa.

O nível elevado de fraudes tem feito estragos também para as instituições financeiras. De acordo com o estudo, 61% dos titulares de cartão no Brasil, depois de experimentarem algum tipo de fraude, escolheram usar dinheiro ou uma forma alternativa de pagamento em vez de seus cartões. Independentemente do nível de satisfação do cliente em relação ao fornecedor do instrumento, a opção foi feita, pois segundo os entrevistados, o uso do cartão passava a impressão de risco contínuo da experiência de fraude.

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