Entre os meses de julho e setembro de 2020, o mercado brasileiro de tablets registrou queda de 16,5% com a venda de 747.852 aparelhos, segundo o estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q3 2020, da IDC, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Esse resultado foi reflexo da mudança de posicionamento de algumas fabricantes no período e do impacto da crise sanitária, que causou atrasos na importação de alguns componentes e, consequentemente, no abastecimento dos canais.
Mesmo assim, Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado da IDC Brasil, destaca um movimento importante no terceiro trimestre de 2020: as vendas de tablets acima de R$ 700, registraram alta de 55,8%, comprovando que esse mercado está longe de ficar saturado. "A pandemia deixou mais evidente os benefícios do uso dos tablets", avalia. No mercado corporativo, esses modelos impulsionaram as vendas e o crescimento foi de 132,6% em relação a julho, agosto e setembro do ano passado. No varejo, houve queda de 21,4% e os modelos de entrada, que custam abaixo de R$ 699, sofreram retração de 44%.
No 3º trimestre de 2020, o preço médio dos tablets no mercado brasileiro foi de R$ 1.063, 9,4% mais alto do que no segundo trimestre, mas, segundo o analista da IDC, houve modelos em promoção e lançamentos, e o consumidor pode encontrar aparelhos com um bom custo-benefício.
Para o quarto trimestre de 2020, a IDC Brasil prevê uma queda menor no mercado de tablets, de 2,9%, apoiada pelas compras do mercado corporativo, que já se prepara para o próximo ano. Como deve acontecer no mercado de PCs, a tendência é que o segmento de educação compre esse tipo de aparelho para iniciar o ano letivo.
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