Bancos locais investem quatro vezes mais em tecnologia

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Um estudo da multinacional Compass MC, que compara indicadores de aplicação de recursos em tecnologia da informação e telecomunicações (TIC) dos grandes bancos nacionais ? ou das instituições estrangeiras instaladas no Brasil ? com dados de bancos estrangeiros que operam no exterior, apontou que os investimentos anuais em TIC dos grandes bancos locais situam-se atualmente na casa dos R$ 420 milhões por instituição, contra R$ 460 milhões dos bancos no exterior.

Apesar de o valor ser um pouco menor, os grandes bancos locais despendem até 4,6 vezes mais recursos em TIC que seus pares estrangeiros, quando se coteja o investimento com os ativos totais das instituições. De acordo com o estudo, os grandes bancos instalados no Brasil investem entre R$ 6 mil e R$ 7 mil ao ano em TIC para cada R$ 1 milhão de ativos, contra o equivalente a apenas R$ 1,5 mil por milhão em ativos dos grandes bancos internacionais.

Segundo Alfredo Pinheiro, diretor geral da Compass MC, a comparação em questão analisou apenas as informações gerais dos bancos instalados no Brasil, segundo dados da publicação Anuário Brasileiro dos Bancos 2006 da editora Relatório Bancário. De posse da tabulação desses dados, a empresa estabeleceu uma comparação entre eles e os dados de bancos estrangeiros instalados no exterior que compõem o seu próprio acervo de informações para benchmarking.

Entre as conclusões do estudo, a Compass aponta que o lucro médio por funcionário dos grandes bancos locais situa-se na casa dos R$ 25 mil por funcionário, contra cerca R$ 340 mil dos grandes bancos estrangeiros. Pinheiro, entretanto, considera esse dado "curioso? e questiona sua veracidade, atribuindo a eventual falta de acuracidade a discrepâncias na validação da forma de contabilização entre os grupos comparados.

Já o custo de TI por funcionário é menor no Brasil (de R$ 10 a R$ 15 mil ao ano), que no exterior (entre R$ 20 e R$ 25 mil ao ano). Por sua vez, a despesa dos bancos por conta corrente em grandes bancos é da ordem de R$ 105 por ano no Brasil, contra cerca de R$ 120 no exterior.

O estudo analisa ainda a situação de TIC dos bancos brasileiros pequenos e médios na comparação com os bancos do exterior e traz diversos outros cenários comparativos, como os gastos anuais por agência e o lucro por conta corrente.

Ainda de acordo com Pinheiro, o estudo tem caráter apenas especulativo e informativo e não coloca em questão a consistência dos dados apresentados pelo Anuário dos Bancos. ?Seja como for, algumas comparações são curiosas e podem ser úteis para uma visão panorâmica sobre o setor de bancos no Brasil em face do desempenho no mundo.?

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