A TIM fechou o ano de 2010 com lucro líquido de R$ 2,21 bilhões, o que representa um crescimento de 176% frente ao ano anterior, quando a empresa obteve resultado positivo de R$ 801 milhões. Cabe ressaltar que os números de 2010 foram impactados por créditos fiscais de R$ 1,435 bilhão. Em 2009, o balanço da operadora também foi beneficiado por créditos fiscais e por um ganho com a variação cambial da dívida não protegida da Intelig, que somaram R$ 672 milhões. Considerando-se apenas o resultado obtido organicamente pelo crescimento da operação da empresa, o lucro da TIM aumentou cerca de cinco vezes de 2009 a 2010, passando de R$ 129 milhões para R$ 777 milhões.
A receita líquida aumentou 5,2% na comparação entre os dois anos, atingindo R$ 14,5 bilhões. No mesmo período, a receita de serviços cresceu 6,1%, alcançando R$ 13,6 bilhões. Merece destaque a melhora no Ebitda da companhia, que subiu 18%, passando de R$ 3,5 bilhões para R$ 4,2 bilhões. A margem Ebitda foi elevada de 25,8% em 2009 para 29% em 2010. A dívida líquida, que era de R$ 1,68 bilhão em 31 de dezembro de 2009, caiu para R$ 980 milhões doze meses depois.
Analisando-se apenas os resultados do quarto trimestre, o desempenho financeiro da TIM também melhorou. A receita líquida foi de R$ 3,93 bilhões, o que representa um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebtida aumentou 10,7% no mesmo intervalo de tempo, alcançando R$ 1,2 bilhão e margem de 30,6%.
Operação
A base de clientes da TIM ao fim de 2010 era de 51 milhões de assinantes: um crescimento de 24% em 12 meses. O market share da operadora em dezembro do ano passado era de 25,1%. A base pós-paga era composta de 7,5 milhões de clientes ao fim de 2010, o que significa que houve uma adição líquida de 1 milhão de linhas nesse segmento. O custo de aquisição de cliente (SAC) médio da TIM em 2010 foi de R$ 54. No anterior, havia sido de R$ 85. Parte da queda de 36% no SAC é explicada pela estratégia da empresa de reduzir o subsídio de terminais.
Rede
O Capex da TIM no ano passado foi de R$ 2,84 bilhões, cerca e 5% a mais que em 2009. O investimento previsto para 2011 no Brasil será divulgado na próxima sexta-feira, em evento na Itália. Ao fim de 2010 a operadora tinha 210 cidades cobertas com 3G, que juntas representavam 54% da população do País. Um ano antes a cobertura da empresa com essa tecnologia era de apenas 57 municípios.
Questionado por este noticiário sobre o upgrade da rede para HSPA+, o presidente da TIM, Luca Luciani, disse que esse padrão já está sendo usado em alguns bairros de São Paulo, mas ressaltou: "Nosso negócio não é fazer tecnologia, mas serviços. E com uso eficiente de rede".
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