Nessa quarta-feira,21, a Horiens realizou a Jornada de Cibersegurança – do risk assessment ao seguro cibernético, o primeiro painel, mediado por Ronaldo Andrade, CISO da empresa, pautou as melhores práticas para garantir a privacidade e a segurança das informações, e de qual maneira as empresas devem agir para assegurar que seus sistemas estejam cada vez mais seguros.
Natal Silva, CEO do Stefanini Rafael, enfatizou os potenciais riscos originados da evolução da Inteligência Artificial. A rápida extração de informações somado a LLM fez com que antigas defesas tenham perdido a força, fazendo com que as empresas precisem se fortalecer cada vez mais.
Além disso, outra importante necessidade das empresas é sempre manter as equipes treinadas e prontas para responder aos incidentes. "Hoje trabalhamos com simulações de resposta a incidentes em todo o grupo. Criamos essas simulações reais, onde tiramos o acesso a máquina, tornando todo o time treinado. E além disso, utilizamos uma proteção de IA contra Phishing, pois mesmo com todos os treinamentos, 40% dos colaboradores cairiam em algum golpe", compartilhou o executivo.
Por um outro lado, Calza Neto, DPO do Sport Club Corinthians Paulista, enfatizou outro ponto, as penalidades leves impostas as empresas que tiveram um vazamento de dados. Para Neto, maiores punitivas seriam importantes para gerar uma maior conscientização nas empresas, tornando-as mais seguras.
Outro participante da discussão, Renato Opice Blum, professor em direito digital, usou como exemplo a Lei 9.503/1997, que determinou a obrigação do uso do cinto de segurança pelos ocupantes de veículos motorizados, promulgada em setembro de 1997. Contudo, o professor enfatizou que a conscientização do uso do cinto só surgiu após as aplicações de multas e maior severidade dos órgãos responsáveis pela fiscalização.
Allex Amorim, Presidente do IBRASPD, comentou a respeito dos impactos financeiros oriundos de um ataque, enfatizando que apesar das penalidades financeiras diretas relacionadas as multas, existem outras problemáticas, como o dano reputacional e os prejuízos da paralização dos sistemas, que podem afetar a empresa e terceiros. Para ele, os seguros chegam como uma ação para ajudar nesses momentos, mas que ainda falta muito do básico em diversas empresas.