Ministério Público propõe novo reajuste a trabalhadores de TI de SP

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Em reunião de conciliação realizada nesta terça-feira, 22, o Ministério Público do Trabalho propôs reajuste salarial de 8,6% para os trabalhadores de TI de São Paulo, além de auxílio refeição de R$ 12 por dia e obrigatoriedade implantação de Participação em Lucros e Resultados (PLR) das empresas. O MPT ainda pede inclusão de piso salarial de R$ 1,2 mil para programadores e R$ 1,8 mil para analistas, por uma jornada diária de 8 horas.
A proposta inicial, feita pelo Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd), era de reajuste salarial de 11,9% e auxílio refeição de R$ 15 por dia. O oferecido pelo Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Seviços de Informática do Estado de São Paulo (Seprosp) era reajuste com base na inflação do ano passado, de 6,4%, sem benefícios.
O Sindpd informa que os trabalhadores aceitaram a oferta do MPT, de forma a "tentar exaurir todas as formas de negociação para conquistar as reivindicações dos trabalhadores". O presidente do sindicato, Antonio Neto, disse que a nova proposta é "muito boa para a categoria" e atende a todas as exigências – aumento real, auxílio refeição, PLR e inclusão de novos pisos.
O Seprosp, por sua vez, disse que só vai tomar uma posição oficial sobre a conciliação do MPT na sexta-feira, 25, depois de realização de assembleia. O presidente do sindicato patronal, Luigi Nessi, no entanto, classificou a oferta do MPT como uma "sobreposição de informações". Na opinião dele, os trabalhadores paulistas de TI já recebem auxílio refeição e a PLR já é estabelecida por quase todas as empresas. "E o aumento real proposto pelo Ministério Público nem é tão alto assim", completou.
Nessi justifica a proposta inicial do Seprosp afirmando que o país vive uma "espiral inflacionária", por isso, neste ano, segundo ele, a proposta não pôde ser maior. Para o executivo, "o grande efetivo do setor está consubstanciado dentro dos aumentos dos anos anteriores".
Antonio Neto, entretanto, já declarou que, caso o sindicato patronal não aceite a proposta de conciliação do MPT, a categoria vai entrar em greve. "Ou eles aceitam a conciliação, ou paramos. Não há alternativa." Até a sexta, quando haverá a assembleia do Seprosp, a greve está suspensa.

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