O Brasil atingiu 4,1 Mbps de velocidade média e ficou em 88º lugar no quarto trimestre do ano passado, melhorando cinco posições no ranking de banda larga fixa da provedora de infraestrutura Akamai, divulgado nesta terça-feira, 22, em relação ao trimestre anterior. Em média picos de velocidade, no entanto, acabou perdendo posições mesmo tendo melhorado nos indicadores.
Além disso, o 88º lugar não é o melhor posicionamento do País: no intervalo de três trimestres entre 3T13 e os 1T14, o País esteve respectivamente em 84º, 83º e 87º lugar (mas na época a velocidade era de 2,7 Mbps). Mesmo no comparativo com o terceiro trimestre do ano passado, a banda larga brasileira subiu 13,9% – era de 3,6 Mbps -, e no ano subiu 38%. Entre agosto e outubro, o País ocupou sua pior posição já registrada no estudo da empresa: 93º. O ranking da Akamai conta com 148 países, mas a métrica é baseada no tráfego que passa pela rede da empresa em 243 países.
Apesar da melhora relativa, o Brasil ainda está atrás de países vizinhos da América Latina, como Uruguai (64º), Chile (66º), México (70º), Argentina (80º), Peru (82º), Colômbia (83º) e Equador (86º). Comparando com a média global, de 5,6 Mbps (no trimestre anterior era de 5,1 Mbps), a banda larga brasileira ficou mais uma vez aquém, embora tenha pela primeira vez ultrapassado a barreira de 4 Mbps, considerada a mínima para ser considerada como banda larga. No comparativo com a média mundial, a banda larga brasileira diminuiu a diferença (que era 41,6% acima, e agora é 36,6%).
Picos
Em geral, a Internet brasileira perdeu posições em quase todos os indicadores de velocidade média de pico da Akamai. O Brasil fechou o ano passado com 30,3 Mbps de velocidade média de pico, ficando em 85º lugar nesse índice, caindo seis posições em relação a outubro de 2015. Nas Américas, ficou atrás apenas de Estados Unidos (20º), Uruguai (26º), Canadá (30º), Chile (48º) e Peru (80º). A mudança em relação ao trimestre foi de 4,6%, e, no comparativo anual, foi de 38%.
Segundo a Akamai, 39% das conexões brasileiras são acima de 4 Mbps, o que deixa o País na 85ª posição (uma acima do registrado no 3T15) em penetração dessa velocidade, atrás de vizinhos latino-americanos como Uruguai (57º), México (61º), Chile (63º), Colômbia (75º), Peru (77º), Argentina (78º) e Equador (81º). Mesmo assim, o Brasil melhorou 20% em relação ao seu desempenho no trimestre passado e 49% em relação ao final de 2014.
A penetração de conexões brasileiras acima de 10 Mbps foi de 2,9% no período (aumento de 30% no trimestre e 54% no ano), ficando em 70º no ranking, três posições de queda. Já nas conexões acima de 15 Mbps, a penetração brasileira foi de 0,8%, resultado 24% maior do que no terceiro trimestre e 69% do que no final do ano anterior. Com isso, o País ficou em 58º lugar, três posições abaixo no ranking em relação ao trimestre anterior.
Protocolos de Internet
O Brasil é o terceiro maior país em quantidade de números com protocolo IPv4, totalizando 47,913 milhões de endereços únicos, aumento de 1,6% em relação ao terceiro trimestre e 1,4% comparado a 2014. Está atrás de Estados Unidos, que tem 143,153 milhões de endereços, e China, com 127,187 milhões de endereços. No mundo, a Akamai registra 810,235 milhões de endereços IPv4.
Apesar de continuar de fora do ranking de países que mais adotam o protocolo IPv6 (a líder é a Bélgica, com 37%), o Brasil continua mostrando provedores de acesso entre os líderes nesse recorte: Net Serviços, com 13% do seu tráfego nesse novo protocolo (e atrás somente das norte-americanas Comcast e AT&T); e GVT, com 12% (em quinto, logo atrás da Time Warner Cable). A novidade é a entrada da Telefônica Data, braço corporativo da companhia no País, com 1,8% de tráfego em IPv6.