A Corning anunciou o programa de incentivo à inovação CIAN (Corning Innovation Advisors Network), em parceria com pesquisadores acadêmicos. A iniciativa tem como objetivo criar soluções e ações voltadas para as áreas de vidro, cerâmica e física óptica, que contribuam para a evolução da ciência no Brasil e atendam as necessidades atuais do mercado.
Popularmente conhecida por fabricar a tela do iPhone (vidro Gorilla Glass), a multinacional tem mais de 170 anos e sempre esteve focada em inovação. Possui atualmente 11 laboratórios científicos e aproximadamente 10% da receita da Corning é reinvestida em P&D. Além disso, a cada ano, os cientistas da companhia recebem centenas de patentes e os novos produtos representam mais de 90% das vendas.
A primeira ação do novo programa nacional que tem como premissa aproximar a Corning da academia, reuniu presencialmente 18 pesquisadores de alto nível do país com os colaboradores da multinacional para que pudessem trocar experiências, falar sobre desafios e oportunidades e planejar as ações futuras que farão em conjunto. Durante a ocasião estiveram presentes especialistas que fazem parte de associações e universidades como SBPMat, ABCERAM, UFSCar, UNICAMP, CNPEN, USP, UFRN, UEPG, IPEN, UNESP, UFBA, UEM, UFSC, EMBRAPA, IFSC e IFMA.
Os profissionais da multinacional puderam ter novos insights sobre como atuar com universidades, institutos, agências de fomento, pesquisadores, cientistas, indústrias, startups e hubs de inovação. A ideia é que esses encontros aconteçam com frequência, reunindo os colaboradores da Corning com inclusive, outros especialistas que são referências dos mercados de vidro, cerâmica e física óptica.
Para Edgar Dutra Zanotto, Ph.D. em Ciência e Tecnologia de Vidros, Professor de Engenharia de Materiais na UFSCar, a Corning está contribuindo de maneira muito expressiva para essa área carente no Brasil, principalmente no que diz respeito a interação entre empresas e universidades. "Dentre as inúmeras ideias que foram sugeridas no encontro, iremos organizar este ano uma Escola avançada internacional de vidros cofinanciada pelo CeRTEV (Center for Research, Technology and Education in Vitreous Materials) e pela Corning, com professores renomados mundialmente e cerca de 60 alunos de doutorado de inúmeros países, que serão minuciosamente selecionados para participar da Escola e assim expandir seu conhecimento sobre o universo dos vidros", reforça Zanotto.
Também presente no encontro, José Carlos Bressiani, Doutor em Materiais, Ex Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear e atual Presidente da Associação Brasileira de Cerâmica acredita que essa iniciativa foi muito importante e relevante, principalmente porque os pesquisadores tiveram a oportunidade de entender melhor a atuação da Corning e assim, no futuro, poderão colaborar com as iniciativas da empresa. Agora precisamos dar andamento em todos os projetos que foram discutidos, já que os pesquisadores presentes se interessaram em contribuir com as iniciativas da Corning, e também a empresa demonstrou uma grande vontade de se inserir melhor no universo acadêmico. Tenho certeza de que será o início de grandes parcerias", ressalta Bressiani.
Durante o encontro, os pesquisadores participantes receberam da Corning uma placa de homenagem como forma de reconhecimento da atuação e agradecimento a esta nova parceria voluntária que está começando e que promete contribuir com a inovação no Brasil.
"Queremos criar um potente e robusto ecossistema de inovação da ciência dos materiais no país, e o CIAN vai ter um papel muito importante no crescimento da área científica na América Latina. Somente no ano passado, a Corning conquistou cerca de 470 patentes nos Estados Unidos e 1.400 patentes em outros países. Temos certeza de que com esse programa produziremos soluções cada vez mais eficazes, beneficiando a vida de milhões de cientistas e da população", finaliza Flávio Guimarães, Presidente da Corning na América Latina e Caribe.