Diebold Brasil exporta sistema para gestão de ATM

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A experiência da brasileira Diebold Procomp no gerenciamento de caixas eletrônicos para alguns bancos brasileiros, no modelo de outsourcing, será replicada globalmente. A norte-americana Diebold, controladora da filial, pretende transferir o modelo para outros países da América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia.

Com esse objetivo, a Diebold Procomp está implantando no Brasil um centro para desenvolver um sistema de gerenciamento de ATM que possa ser aplicado no exterior, anuncia João Abud Júnior, presidente da companhia. Para colocar esse serviço em operação, a filial vai contratar cerca de 40 profissionais.

A fabricante de hardware começou a prestar serviços de outsourcing nessa área há cerca de sete anos, quando percebeu que, além de entregar os terminais, poderia fazer todo o gerenciamento dos caixas eletrônicos.

A empresa é responsável hoje pela administração de 14 mil ATMs, espalhados pelo Brasil. São clientes da companhia as instituições financeiras Caixa Econômica Federal, Banco Nossa Caixa e Banco de Brasília. Abud informa que outros dois grandes bancos de varejo também estão fazendo um piloto do serviço.

O executivo explica que há casos em que a Diebold funciona como um departamento do banco oferecendo outsourcing total ou assume a parte de manutenção dos caixas eletrônicos em operação. No caso da terceirização total, a empresa se responsabiliza pelos terminais, links de comunicação, reposição de dinheiro e todos os sistemas que garantem a alta disponibilidade dos ATMs.

Abud diz que como a empresa cobra do banco por transação realizada, seu compromisso é manter a máquina funcionando o tempo todo, evitando que o correntista deixe de fazer suas operações por falha nos terminais.

Atualmente, o Brasil conta com uma base de aproximadamente 140 mil ATMs, somando os caixas eletrônicos de todos os bancos. O presidente da Diebold Procomp estima que apenas cerca de 15% estão sendo gerenciados por terceiros. Ele acredita que dentro de cinco anos esse índice subirá para 60% ou 80%.

Por ter uma participação de 65% do parque instalado de ATM no País, a Diebold Procomp espera poder engrossar sua carteira de clientes. Hoje o gerenciamento de ATMs já representa 28% da receita da empresa e Abud espera que a transferência do modelo de serviço para outros mercados incremente o faturamento.

Segundo Abud, o outsourcing nessa área ainda é uma novidade para bancos do exterior. Mas ele acredita que terá uma boa adesão. Seu argumento é que esse serviço não é negócio dos bancos e a terceirização do gerenciamento reduz em cerca de 15% os custos dos serviços.

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