Criada há menos de uma semana, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) já contabilizou 120 solicitações de inscrições de pequenas e médias empresas com atuação em e-commerce. Com 50 empresas confirmadas em cadastro, a proposta da ABCOmm é discutir e unir forças frente a medidas de órgãos públicos sobre a atividade.
De acordo com o presidente da ABComm, Maurício Salvador, existem 25 mil lojas virtuais em atuação no Brasil. “O mercado é muito concentrado, as 50 grandes varejistas dominam 87,5% do faturamento do setor”, afirma. Segundo ele, isso faz com que uma infinidade de companhias com atuação online não tenham seus pareceres ouvidos em discussões para determinações importantes para o varejo online.
Ele cita como exemplo a lei da entrega agendada, para garantir o recebimento do consumidor. “Apenas grandes empresas têm capacidade logística para atendê-la da maneira com a qual foi estruturada, e isso resultou no repasse de um custo para o consumidor. Ou seja, criada para defender o cliente, ele acabou lesado e o setor prejudicado”, explica.
Até o fim do ano, Salvador espera chegar a mil cadastros e, a partir de janeiro do ano que vem, uma anuidade será cobrada pela associação para ter acesso aos benefícios da união. São admitidas companhias de varejo e prestadores de serviços nas áreas de tecnologia da informação, mídia e meios de pagamento com qualquer atuação digital, independentemente da existência de lojas físicas. A sede da ABComm se localiza na Avenida Paulista, em São Paulo.