A companhia PayPal Holdings firmou um acordo com a Visa que vai permitir que os portadores de cartões de débito da bandeira paguem suas compras com o serviço de pagamentos online PayPal, pelo smartphone. Ele também será possível para usuários de aplicativos móveis populares do PayPal, incluindo o Venmo.
De acordo com analistas, a parceira com a Visa dará ao PayPal uma ferramenta a mais para enfrentar a concorrência crescente dos bancos com seu próprios apps móveis de pagamentos que competem com Venmo.
O acordo consumiu um ano de negociações e acaba com as críticas dos acionistas sobre as taxas que o PayPal paga à Visa. Como parte do acordo, o serviço de pagamentos online se comprometeu a parar de abordar diretamente os clientes com contas bancárias para evitar o pagamento de taxas para bandeiras de cartões como Visa ou Mastercard. Em troca, a Visa tornará o PayPal uma parte de seu programa de "carteira digital", permitindo que seja aceito em lojas para a realização de pagamentos móveis "sem contato". O PayPal também concordou em compartilhar dados sobre as transações de clientes da bandeira.
"Queremos que os clientes possam fazer qualquer tipo de pagamento do jeito que eles quiserem, e o acordo com a Visa nos permite atuar mais agressivamente no mercado", disse o presidente-executivo do PayPal, Dan Schulman, durante teleconferência com analistas para divulgar os resultados financeiros do segundo trimestre.
As taxas pagas pelo PayPal à Visa tem enorme impacto na rentabilidade da companhia, por isso o acordo foi nem recebido pelo mercado. O PayPal disse que, embora as suas despesas com a transação aumentará a partir do próximo ano, o acordo vai criar mais oportunidades de obtenção de receita.
Os resultados financeiros do segundo trimestre deste ano do PayPal também foi bem recebido pelos analistas. A receita da empresa cresceu 15% no período, para US$ 2,6 bilhões, ante US$ 2,2 bilhões registrados um ano antes. O lucro cresceu 6%, para US$ 323 milhões, contra US$ 305 milhões.
