A Cisco inaugurou nesta quinta-feira, 22, seu primeiro centro de inovação no Brasil, localizado no Rio de Janeiro. Seu objetivo é atrair empresas nacionais para criar soluções tecnológicas inovadoras em seis áreas: educação, saúde, cidades inteligentes, esporte e entretenimento, segurança pública e smart grids. "Esse centro faz parte de um projeto de investimento no Brasil que não olha no curto prazo, ou seja, para o PIB deste ano ou o dólar do mês passado, mas para o potencial do país. E acreditamos que TI é a chave para libertar esse potencial mais rapidamente", disse o presidente da Cisco no Brasil, Rodrigo Dienstmann.
O centro de inovação conta com um data center e equipamentos de TI para que executivos da Cisco e de empresas parceiras trabalhem na elaboração de soluções para problemas reais do Brasil, que podem se transformar em novos produtos e gerar o surgimento de novas companhias. "Em seis meses, esperamos ter as primeiras empresas incubadas aqui. E as primeiras soluções disponíveis comercialmente após um ano", comentou o presidente mundial de desenvolvimento e vendas da Cisco, Rob Lloy.
O centro de inovação faz parte de um plano da Cisco de investir R$ 1 bilhão no Brasil em quatro anos, anunciado em 2012. Nesse montante estão incluídos os investimentos em produção local de roteadores e investimentos em fundos de venture capital no país.
Dólar
O presidente da Cisco no Brasil, Rodrigo Dienstmann, disse que o dólar alto não afeta a estratégia da empresa no Brasil. "Já tivemos excelentes anos com dólar em patamar parecido no País", lembra o executivo.
Dienstmann entende que a desvalorização do Real pode causar um efeito "tático", mas não "estratégico, sobre a empresa. Alguns clientes podem tardar um pouco mais para fazer uma aquisição, mas dificilmente desistirão da compra, pois soluções de TI como aquelas vendidas pela Cisco estão ligadas a projetos de aumento da produtividade.
O executivo reconhece o cenário difícil para as teles brasileiras, cujas receitas são em Reais e o Capex, em dólares. Contudo, destaca que equipamentos como small cells podem ajudar a reduzir os investimentos e melhorar a qualidade de cobertura. Por sua vez, o presidente mundial de desenvolvimento e vendas da Cisco, Rob Lloy, afirma que não notou uma diferença de postura das teles nas negociações nos últimos seis meses, apesar da alta do Dólar. "Elas sempre são duras ao negociar", comenta.