Satélite: Fusões deterão queda de preços na América Latina

0

As recentes fusões no setor de satélites devem contribuir para deter a queda de preços de capacidade satelital na América Latina verificada nos últimos anos. Atualmente, o aluguel de um transponder na região gera uma receita de aproximadamente US$ 1,2 milhão/ano, enquanto a média mundial é de US$ 1,6 milhão/ano, disse o presidente da StarOne, Gustavo Silbert.

Outro fator que deve contribuir para elevar os preços no médio prazo é a redução na quantidade de lançamentos de satélites que cobrem o continente nos próximos anos, destaca o diretor da SES New Skies no Brasil, Jurandir Pitsch. O executivo estima que os preços irão subir cerca de 20% dentro de dois ou três anos.

Silbert e Pitsch participaram do painel ?Fusões e alianças estratégicas? do 1º Congresso Latino-americano de Satélites, organizado pelas revistas TELETIME, TELA VIVA e Convergência Latina, no Rio de Janeiro.

As duas grandes fusões em âmbito mundial anunciadas recentemente foram a compra da PanAmSat pela Intelsat e a aquisição da New Skies pela SES. Juntos, esse dois grupos têm agora 56% da receita global do setor e 44% da frota mundial de satélites em órbita. É natural, portanto, que a redução na quantidade de players reverta a tendência de queda de preços.

No Brasil, especificamente, existem agora cinco operadoras dividindo o mercado: StarOne, Intelsat, Hispamar, SES New Skies e Loral.

Global versus local

Entre as principais vantagens de uma fusão estão a redução de custos operacionais e a melhoria no gerenciamento da frota, citou o diretor regional da Intelsat no Brasil, Manoel Almeida, também participante do painel.

A Intelsat deve concluir em meados de 2007 a integração administrativa resultante da aquisição da PanAmSat. A consolidação operacional e de atendimento a clientes, por sua vez, deve terminar somente ao fim de 2008.

Vale destacar que também há vantagens em ser uma operadora regional, lembrou Silbert, da StarOne. ?Uma operadora regional entende melhor a cultura e a realidade do cliente; tem maior domínio da cadeia de valor; autonomia decisória e maior flexibilidade e agilidade?, afirmou.

Sobre a possibilidade de haver novas aquisições de operadoras de satélite no futuro, Pitsch, da SES New Skies, lembrou que há alguns obstáculos para a compra de companhias regionais, como, por exemplo, a necessidade de se manter um centro operacional local, o que nem sempre interessa ao possível comprador. ?Acredito que muitas dessas operadoras regionais irão resistir?, disse o executivo da SES New Skies.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.