Quatro dias após a Anatel se mostrar preocupada com a qualidade dos serviços 3G no País, revelando que a alta demanda pela banda larga móvel estaria gerando falhas recorrentes inclusive na telefonia móvel e que cada operadora teria de investir em média R$ 1 bilhão cada para resolver esses problemas, as quatro maiores teles móveis, por meio de suas assessorias de comunicação, enfim se pronunciaram. Em todos os comunicados, é possível verificar o mesmo tom de isenção pelas falhas apontadas pela agência.
Vivo
Segundo nota da Vivo, a operadora investiu cerca de R$ 8 bilhões nos últimos dois anos no país, sendo parte disso dedicado à ampliação e melhoria das redes de terceira geração e GSM. Segundo o comunicado, a operadora não demonstra preocupação com o crescimento de sua base de assinantes na banda larga móvel, ao contrário do que alegou a Anatel ao informar que as teles estariam suspendendo a publicidade dos modems 3G como forma de conter em parte o avanço da procura pelos serviços. "A meta da companhia é dar continuidade à ampliação da rede 3G a cada vez mais municípios brasileiros, levando novas formas de conexão à população, e ao mesmo tempo, mantendo qualidade de sinal e ofertas de planos e serviços atrativas", diz a nota.
TIM
A TIM também abre números em seu comunicado e revela ter investido, somente neste ano, cerca de R$ 2,3 bilhões, dos quais 60% na infraestrutura de rede. O foco do aporte, diz a nota, é a "expansão da cobertura e a manutenção da qualidade de sinal para que os clientes tenham experiência positiva no uso de serviços de dados". O comunicado da operadora foi o único a se posicionar a respeito das falhas geradas na rede de voz causadas pela alta procura por serviços 3G, conforme alegou a Anatel: "a rede de terceira geração da TIM foi dimensionada para atender às demandas dos usuários com foco em dados, utilizando a rede 2G para voz, evitando assim que a alta procura pela Internet móvel pudesse afetar o serviço de telefonia". A julgar pela nota, a operadora parece não ter suspendido também a publicidade de seus serviços 3G. "A empresa aposta no crescimento de sua base de acordo com a ampliação das cidades cobertas pela rede 3G e das ofertas desenhadas para os clientes".
Oi
Sem revelar as cifras investidas na rede, o comunicado da Oi informa que a operadora comercializa os serviços 3G há pouco mais de um ano no país e por isso "dispõe de capacidade suficiente para suportar o crescimento do tráfego e do número de usuários sem prejuízo para seus serviços de voz".
Claro
Na mesma linha, o comunicado da Claro informa apenas que "os investimentos em sua rede 3G estão focados no aumento da capacidade para suportar o crescimento de assinantes e tráfego, bem como na expansão e ampliação da rede 3G".a Cordeiro
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