Ericsson negocia com operadoras novas soluções para localização

0

A Ericsson apresentou durante 1º Forum Mobile+, realizado nesta quarta-feira, 22, em São Paulo, duas soluções baseadas em rastreamento de dispositivos móveis que implantou na África do Sul e na Europa e que podem desembarcar no Brasil num futuro breve. Ambas necessitam da rede da Ericsson para serem colocadas em operação.
A primeira delas prevê o monitoramento dos usuários dentro da rede e a partir das informações de tráfego e ociosidade das ERBs, oferecer descontos aos usuários para efetuarem ligações. Seria um aforma de estimular o uso quando a rede não estiver ocupada.

Assim, se estiver em um local onde a rede é subutilizada, o assinante consegue realizar ligações com tarifas mais em conta. Os bônus vão diminuindo quando o consumidor passa a entrar em uma zona na qual a rede está mais carregada, até chegar ao desconto zero, quando ele estiver dentro da área mais congestionada da rede. A solução é definida como desconto dinâmico, e foi aplicada em uma operadora na África do Sul.

"Com isso, as pessoas têm um valor agregado dentro do serviço da operadora, que acaba por incentivar o uso de suas redes e a obtenção de mais receitas. Além de economizar nas áreas em que a rede está congestionada, evitando problemas no serviço prestado", explica Alexandre Borin, diretor de mobilidade da Ericsson no Brasil.

Mapeando congestionamentos

Na Europa, a fabricante sueca também desenvolveu uma solução para a Vodafone por meio da qual ela monitora a movimentação e a velocidade de deslocamento de todos os clientes da operadora pelo sinal do celular. Assim, em parceria com a integradora TomTom, essas posições são processadas em algorítimos patenteados e depois utilizadas para traçar mapas de concentração e fluxo dos clientes. Com isso, é possível monitorar o trânsito em uma determinada região sem precisar de colaboração dos serviços públicos.

"Com essa base de dados, conseguimos controlar o trânsito da cidade, por exemplo, e facilitar muito as aplicações baseadas em GPS", afirmou Borin. Segundo o executivo, a Ericsson já está em negociações com todas as operadoras no Brasil para oferecer essas soluções no menor tempo possível. "Estamos conversando e é possível que alguma coisa já seja implantada em 2009", comentou Borin, ressaltando que provavelmente o modelo de negócios seria de compartilhamento de receita, já que a Ericsson e o integrador criam receitas adicionais para a operadora. A rede precisa ser da Ericsson.

Para Wlamir Molinari, gerente divisão de projetos e aplicações especiais da Vivo, a operadora tem muito interesse em todas as soluções que gerem valor para o cliente e esta é uma inovação que a empresa avaliará. "Todos os serviços que gerem valor estão em nosso roadmap, mas não temos nenhuma negociação concreta ainda", afirmou o executivo.

De acordo com Borin, em uma cidade como São Paulo, com o monitoramento de apenas uma grande operadora é possível definir pontos de congestionamentos e a sugestão de rotas alternativas. "Aqui em São Paulo, as operadoras praticamente têm, cada uma, um terço da base instalada de clientes, o que já seriam informações suficientes para aumentar a capacidade de utilização da navegação GPS", frisou. O problema em São Paulo, segundo especialistas, é que as informações sobre congestionamentos levantadas pelas autoridades não têm o grau de confiabilidade e a precisão necessárias a um sistema integrado com GPS.

O 1º Forum Mobile Plus: Mobilidade + Negócios, é promovido pelas revistas TI INSIDE e TELETIME e organizado pela Converge Eventos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.