O Windows 7, que foi lançado oficialmente nesta quinta-feira 22, não deve provocar um boom nas vendas de PCs no Brasil, de acordo com analistas de mercado. Entretanto, o novo sistema operacional da Microsoft deve funcionar, sim, com um importante impulsionador para a indústria de computadores no país, principalmente no mercado corporativo.
Segundo o analista para o mercado de PCs da IDC, Luciano Crippa, como a grande maioria das empresas brasileiras não migraram do Windows XP para o Vista, agora elas tendem a adotar o Windows 7.
Ele diz que a baixa adoção ao Windows Vista no mercado corporativo se deveu principalmente à falta de aplicativos compatíveis com o sistema operacional, disponíveis no mercado na data de seu lançamento e também à necessidade de máquinas com, pelo menos, 2 GB de memória para suportá-lo.
Como o Windows 7 é mais leve que o Vista, e a Microsoft abriu o novo sistema operacional para desenvolvedores e parceiros adaptarem os software e aplicativos ao novo sistema, a migração deve ser natural, avalia Crippa. Ele ressalta que no triênio de 2007 até este ano o mercado corporativo investiu menos na troca do parque de PCs, devido principalmente à falta de interesse pelo Vista.
Como a média de troca de PCs em uma empresa ocorre no prazo de três a quatro anos de uso, 2010 será um ano limite para as empresas renovarem sua base instalada de computadores.
"Com certeza, o mercado corporativo investirá pesadamente em PCs no ano que vem, não particularmente por causa do Windows 7, mas pela necessidade de renovação do parque. Porém, o novo sistema terá uma importante participação nesse crescimento das vendas, já que muitas empresas estavam esperando seu lançamento para renovar o parque de PCs", analisa Crippa.
O analista pondera, porém, que o real impacto e aceitabilidade do Windows 7 no segmento corporativo só poderá ser medido depois de cerca de um ano de comerciliação do sistema operacional no mercado.
Para ele, já na outra ponta do mercado, o varejo, o impacto do Windows 7 será muito menor. "O consumidor final não se preocupa tanto com o sistema operacional embarcado na máquina, ele está mais interessado em outras aplicações do PC, como capacidade de processamento e armazenamento, por exemplo."
- Impacto positivo