A Apple e a Samsung Display estão prestes a encerrar uma parceria de longa data na produção de LCDs para tablets e smartphones. Embora existisse, há alguns meses no mercado, a especulação do fim da união devido a constantes batalhas entre as empresas por patentes na área de mobilidade em tribunais de diversos países, a principal motivação seria as baixas margens de lucro do negócio. As informações são de fontes ligadas à sul-coreana ouvidas pelo jornal The Korea Times.
“Somos incapazes de continuar fornecendo nossas telas à Apple com altos descontos. Já cortamos uma parcela das remessas e, no próximo ano, vamos parar de entregar os displays”, disse um executivo da fabricante, que não quis se identificar. Ele reforçou que a Samsung Display não será prejudicada pela perda da receita com o fim das relações com a norte-americana.
Isso porque a própria Samsung, focada na linha Galaxy de tablets e celulares, e a Amazon, com o Kindle Fire, estão aumentando os pedidos por telas de LCD. Assim, a elevação na produção para estes dois clientes cobriria a ausência de receita para a fabricante do iPad.
A Samsung Display foi a principal fornecedora da Apple no primeiro semestre, com 15 milhões de telas enviadas à norte-americana, seguida pela LG Display, com 12,5 milhões de unidades, e a Sharp, com 2,8 milhões, segundo dados de pesquisas da DisplaySearch. “A Samsung cortou para menos de 3 milhões as remessas para a Apple no terceiro trimestre, e esperamos que o quarto trimestre some apenas 1,5 milhão”, informou a fonte, diretamente envolvida nas negociações.
Patentes
Ainda na Ásia, o embate entre Apple e Samsung continua. A Corte Distrital de Tóquio rejeitou o pedido da Samsung de impedir as vendas do iPhone 4 e 4S no Japão. A sul-coreana alega que os smartphones da rival quebram duas de suas patentes, referentes ao download de aplicativos e à configuração de “modo avião”.
De acordo com o site The Next Web, a Samsung deve apelar da decisão em busca de um revés frente à perda do processo de patentes na Califórnia no mês passado. A decisão nos Estados Unidos resultou em uma multa de mais de US$ 1 bilhão e jurisprudência na resolução de casos similares que correm em outros tribunais ao redor do mundo.
