Setor financeiro é arma do Brasil para offshore

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O Brasil vai aproveitar a experiência que adquiriu no segmento financeiro para marcar presença no mercado de offshore de TI. Para mostrar as competências do País neste segmento, a Associação Brasileira de Empresas de Software e Serviços para Exportação (Brasscom) encomendou uma pesquisa da IDC que mostra que as empresas nacionais têm grandes chances de competir no mercado internacional nessa área com a Índia, China, Rússia e México.

O estudo da IDC revela que em comparação com esses países emergentes é o mais avançado em automação bancária. Mauro Peres, diretor de pesquisa da consultoria, diz que o Brasil é um dos poucos no mundo que faz transações em tempo real. O internet banking, que é acessado hoje por 14% da população, também é um dos mais sofisticados e o País conta ainda a seu favor a experiência adquirida com a implantação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

?O que falta para o Brasil se tornar um grande exportar desses serviços é marketing dessas competências. O Brasil tem que por a bouca no trombone e contar essa história ?, afirma o consultor da IDC, ressaltando que constantemente o Banco Central recebe visita de estrangeiros interessados em conhecer o SPB.

O levantamento da IDC comprovou que 63% dos bancos brasileiros operam com mainframe, o que é um fator positivo, pois demonstra que o País tem mão-de-obra qualificada para atender operações de offshore.

Essa experiência pode ser uma vantagem na hora da venda de projeto para os Estados Unidos, que são os maiores compradores de serviços de TI, responsáveis por 80% dos contratos globais. A maior fornecedora para os americanos é a Índia, que sozinha abocanha 84% dos contratos. O Brasil hoje é responsável apenas por 1% dos projetos de offshore.

Antonio Carlos Rego Gil, presidente da Brasscom, reconhece que o Brasil ainda é tímido por não ter a marca de exportador de TI. Por isso, ele acredita que a pesquisa da IDC é um instrumento importante para reforçar a imagem do Brasil no mercado internacional.

Gil, que também é presdiente da CPM, destaca que o País está começando a entrar na agenda do offshore de TI. Ele acredita que o Brasil começa a entrar mesmo nesse negócio a partir do próximo ano, espera-se que as exportações de software e serviços atinjam US$ 1 bilhão.

As projeções para 2010 são de que o Brasil movimentará US$ 5 bilhões no mercado externo. Desse total, pelo menos 1,6 bilhão deverá vir de serviços financeiros.

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