Dentro do mundo corporativo, uma empresa que preza por um bom modelo de Governança na área de TI colhe frutos positivos deste investimento e mostra maturidade perante o mercado. Estruturar e compilar regras, processos e responsabilidades neste modelo permite que a empresa construa suas diretrizes de Governança sobre uma ótica embasada também nas necessidades de Negócios.
A Governança de TI é um tema extremamente complexo, resultado do trabalho de governança de seus recursos – aplicações, recursos humanos, financeiros, de processos de TI, entre outros. Considerando a governança de aplicações, focamos num framework de software que tem se distribuído muito eficientemente no mercado, o SharePoint. Esta ferramenta da Microsoft, que atua como uma plataforma de componentes sobre a arquitetura Web, tem se destacado no mercado de TI. A partir de pesquisas de mercado e de trabalhos de observação pode-se notar características comuns em ambientes SharePoint de empresas:
1. Dificuldade de substituição de sistemas atuais – Geralmente o departamento de TI utiliza ferramentas que já possui, o que potencializa o cenário para a utilização da ferramenta SharePoint;
2. Dualidade – Se bem gerenciado, o ambiente SharePoint proporciona ajuda potencial através de suas funcionalidades de colaboração, Enterprise Content Management (ECM), portais e de fluxos de trabalho. Por outro lado, se há um crescimento descentralizado do conteúdo e má utilização pelo usuário em prol dele mesmo e não da empresa, o armazenamento torna-se caótico e o sistema, falho, podendo ocorrer dificuldades desde a queda de desempenho até problemas de branding.
3. Capacitação de profissionais – Gestores de TI notaram que os profissionais da área estão se aperfeiçoando cada vez mais na utilização de frameworks no papel de plataformas de desenvolvimento e para o reuso de seus componentes.
Estas características indicam que a gestão correta das plataformas de sistemas é fundamental para que haja um modelo de arquitetura de softwares sustentável, capaz de suportar processos e usuários, que se direcionem também pela área de Negócios. Para orientar adequadamente esse modelo de gestão, evitando o caos, é fundamental a elaboração de uma política de Governança do SharePoint que proporcione, além da gestão das demandas de usuários, segurança da informação, qualidade dos serviços e da informação fornecida para a organização, gestão dos processos e serviços entregues pela plataforma, e alinhamento com as melhores práticas do mercado.
Para facilitar a visualização da função da Governança das plataformas de desenvolvimento, sugere-se uma avaliação em conjunto – das áreas de TI e Negócios – definindo e especificando alguns pontos:
• O que deve ser governado: funcionalidades e utilização, otimizando-as;
• Responsáveis pelas políticas de Governança: analisar a importância da participação da área de Negócios na determinação de diretrizes;
• Meios que serão utilizados para implantar a Governança: será através de um projeto? De vários? De operação?
• Escopo do serviço prestado pela plataforma: definir o Service Level Agreement o (SLA) da plataforma;
• Demandas que serão direcionadas para cada plataforma: no caso da existência de mais de uma delas na organização, definir fronteiras existentes entre as plataformas de desenvolvimento de software;
Um ambiente saudável dentro das corporações se consolida através da aplicação de diretrizes adequadas à Governança em SharePoint, que determinam a arquitetura da informação, o plano de comunicação, os padrões de desenvolvimento, a identidade visual, a continuidade de negócios, dentre outros. Porém, implantá-las seguindo às diretrizes de Governança de TI – com fronteiras claras entre aplicações que permitam integrações menos complexas – é essencial para que a gestão do sistema não se caracterize como má e que atenda à expectativa de Negócios da empresa.