Uso de mídias sociais para atrair talentos é uma das tendências na gestão de pessoas

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As empresas brasileiras estão cada vez mais utilizando as mídias sociais para articular e mobilizar pessoas, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria PwC, intitulada “O uso das mídias sociais na gestão de pessoas”, para a qual foram consultadas 85 empresas em todo o Brasil.

Entre as principais tendências das ferramentas em gestão de pessoas detectadas pela pesquisa estão a atração de talentos, com 90% das menções dos entrevistados, o fortalecimento da marca (73%), a capacitação de talentos (56%), a busca de parcerias (40%) e a captação de recursos (38%). O estudo mostra ainda que 61% dos respondentes consideram alta ou muito alta a importância de investir em mídias sociais.

As mídias sociais já são realidade em 67% das organizações brasileiras e a pesquisa mostra que usá-las como ferramenta de marketing ainda é ação predominante, embora já haja iniciativas de ações convergentes entre as áreas de marketing e gestão de pessoas. As ferramentas de relacionamento online, de forma geral, são utilizadas pelas empresas, principalmente, para contato com público externo (clientes e fornecedores), com 53% das menções. A atração de talentos (49%), campanhas de marketing (49%) e monitoramento de citações feitas à empresa (42%) também estão entre os propósitos das empresas na utilização das plataformas.

“As oportunidades em mídias sociais estão claras, principalmente nas áreas de gestão do conhecimento, desenvolvimento profissional e melhoria de performance. A grande questão é saber administrar internamente os conflitos decorrentes do acesso a essas novas tecnologias para que elas possam facilitar o trabalho e gerar novas soluções para os negócios”, destaca João Lins, sócio da PwC Brasil,  líder de gestão do capital humano e responsável pela pesquisa.

Cultura organizacional

A cultura da empresa influencia o tipo de mídia que tem seu uso liberado internamente. Apenas 51% das companhias entrevistadas autorizam o acesso às mídias sociais para todos os empregados, e 55% afirmaram ter, ainda, dificuldade para medir os benefícios decorrentes de sua utilização. Além disso, 61% das empresas respondentes têm política sobre o uso de mídias sociais. Entre as que não permitem acesso às plataformas, os principais motivos apontados foram o receio de que seus colaboradores percam o foco e se tornem menos produtivos (69%), questões ligadas à segurança da informação e receio de violação de privacidade (61%).

A pesquisa destaca ainda as práticas de empresas em comunicação. O network PwC, por exemplo, conta com uma plataforma de mídia social interna para conectar os mais de 170 mil profissionais, distribuídos em 158 países. Para a firma, o canal é de colaboração, compartilhamento de ideias e de conhecimento, o que permite agregar valor aos clientes.

Os responsáveis pela criação, atualização e monitoramento das mídias sociais dentro das empresas são as áreas de recursos humanos, marketing e tecnologia. Entre as iniciativas para avaliar o retorno do investimento estão a frequência de visitas, a taxa de crescimento dos usuários, tempo de permanência no site, quantidade de referências positivas versus referências negativas, citações da marca em mídias sociais, entre outras.

De acordo com Lins, para construir valor com as mídias sociais dentro das organizações é preciso definir estratégias e desenvolver a própria experiência, por meio do estímulo ao trabalho colaborativo, a integração de tecnologias e a definição das formas de mensurar o retorno do investimento em mídias sociais.

“As mudanças recentes na era digital criaram rupturas inovadoras no ambiente de negócios. Embora algumas organizações percebam as mídias sociais como um grande desafio, a maioria dos respondentes da pesquisa entende que se capturarem e potencializarem as novas oportunidades apresentadas por elas, terão condições de gerar mais valor à nova economia”, conclui Lins.

A pesquisa "O uso das mídias sociais na gestão de pessoas" foi realizada entre maio e junho de 2012. Entre as companhias participantes, 56% são de grande porte, com faturamento bruto anual superior a R$ 300 milhões, e 51% atuam em outros países. Os segmentos de atuação das empresas participantes foram bastante diversificados, porém os segmentos mais presentes foram os de tecnologia e consultoria/serviços, com 13% da amostra, seguidos dos setores de varejo e financeiro, ambos com 9%.

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