A retomada econômica é uma realidade vivida atualmente, embora siga cheia de incertezas. Frente a um cenário tão complexo, traçar perspectivas e possíveis panoramas torna-se uma tarefa difícil e pouco assertiva, afinal, não se sabe ao certo como o mundo caminhará nos próximos meses. O fato é que 2021 se inicia cheio de novos pontos a serem discutidos, sendo um deles a expansão da tecnologia e a transformação digital nas empresas.
O que o ano de 2020 deixou, no âmbito corporativo, foi um grande aprendizado. Claro, não podemos minimizar os impactos ocasionados pela pandemia do Covid-19, principalmente relacionados à crise sanitária que jamais será reparada. Porém, no aspecto empresarial, vale a análise sobre como diversas companhias correram para alcançar a digitalização de suas operações, adaptar o modelo home office e continuar produzindo mesmo com tantas adversidades.
Uma pesquisa realizada pelo IBM reforça esse cenário. Intitulado de "Covid-19 e o futuro dos negócios", o estudo contemplou mais de 3,8 mil executivos C-Level em 20 países, de 22 setores diferentes, apontando que seis em cada dez corporações aceleraram a digitalização e 51% dos profissionais estarão à frente da priorização desse assunto nos próximos anos.
2021: o ano de investir em análise preditiva
Com certeza, em meio à crise, empresas se depararam com um cenário cheio de números e informações soltas, que navegam entre setores e profissionais que não possuem tempo hábil para analisar cada uma delas separadamente. Isso acontece porque estamos na era do Big Data, do volume maximizado de informações que provém de cada área das companhias.
Nesse sentido, o que seria dos colaboradores das empresas se eles tivessem de parar suas atividades para elaborar relatórios detalhados? Aliás, relatórios que, muitas vezes, são originados de planilhas atualizadas manualmente, passíveis de erros graves para qualquer operação. Esse contexto deve ficar preso à 2020 e anos anteriores, não vamos carregá-lo para o nosso futuro.
Sendo assim, coloca-se a expectativa nesse novo ano de potencialização do capital humano, tirando pessoas de atividades repetitivas e morosas, com apoio de tecnologias como RPA (Robotic Process Automation, ou Automação Robótica de Processos, na tradução para o português). Além disso, a estratégia da predição mostra-se cada vez mais necessária, uma vez que, em meio às incertezas atuais, se antever torna-se a saída ideal.
O apoio do Business Intelligence no pós-crise
Todas as incertezas resultaram em gestores cada vez mais cautelosos, que tomam cuidados maximizados para que nada saia do eixo previsto. Nesse contexto, a tomada de decisões pode ocasionar dois extremos: resultados positivos e superiores aos dos concorrentes ou intuições falhas que podem acabar com esforços de anos por parte da liderança e colaboradores da empresa. Para evitar o cenário negativo, apoiar-se em tecnologia é a saída que deve estar prevista em qualquer planejamento.
Por isso, quando pensamos em soluções para o pós-crise e para um ano completamente indefinível, o Business Intelligence (BI) surge para potencializar as ações. Isso significa fomentar a análise de dados originados de fontes diversas e transformá-los em informações valiosas, que ditam os rumos que a empresa deve seguir. Se destacar perante a concorrência torna-se uma tarefa simples com a presença do BI no dia a dia, uma vez que os insights obtidos elevam os resultados e o valor da corporação no mercado. Levar o acesso à informação para todas as áreas da empresa, dando autonomia aos colaboradores, também é fundamental, tendo em vista que cada setor pode criar painéis específicos para suas demandas e necessidades rotineiras.
Trabalhe os dados de forma constante e crescente
É importante ter em mente que mesmo enfrentando crises complexas, como a que foi ocasionada devido à pandemia do Covid-19, não se deve ficar parado esperando que soluções apareçam para seus negócios. O trabalho com Business Intelligence deve ser constante e aplicado antes, durante e depois de situações adversas. Com certeza, os gestores saem dessa crise mais experientes e atentos aos possíveis casos que possam impactar suas empresas negativamente, reforçando a necessidade de ser preditivo.
Antever problemas e desafios de forma estratégica é o respiro que qualquer gestão necessita. Por fim, devemos trazer todo o conhecimento adquirido em 2020 e aplicá-lo no ano que acaba de iniciar. A tomada de decisões com base em intuição pode ter funcionado por muito tempo, mas, hoje, já não é uma opção. O volume de dados consolidados pelas corporações cresce a cada dia e o BI mostra-se essencial para que informações fundamentais sejam extraídas.
Guilherme Tavares, CEO do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) do Grupo Toccato.