Mercado de computação de borda cresce para eliminar latência das aplicações de IoT

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Na 6ª edição do IoT Business Forum, realizado pela TI INSIDE nesta terça-feira, 22, discutiram como as empresas devem eliminar a latência das redes de IoT, acelerando a adoção de soluções de borda habilitadas para IA, com o objetivo de criar uma estratégia de longo prazo.

Francisco Caramaschi Degelo, Business Development Manager Data Center da Vertiv Latam garante que o Edge Computing, do ponto de vista da infraestrutura de missão crítica, move análises e a lógica de negócios para dispositivos, de modo a permitir que o humano da equação se concentre  em ideias de negócios em vez de gerenciamento de dados.

"Tradicionalmente  os dados são gerados no núcleo da rede e consumidores estão na porta. Mas este modelo está mudando, gerando uma quantidade enorme de informações na borda, sendo que  a maior parte da informação precisará ser processada no local", explica. "Por isso, a computação de borda está se modificando diante das demandas, impulsionando  estas mudanças e aliando infraestruturas diferentes para viabilizar que tudo isso  acontece".

Segundo Degelo, neste panorama, os dispositivos de IoT,  estão gerando uma série de dados novos que precisam ser armazenados ali mesmo, por isso também, que o edge computing possibilita o  armazenamento de dados e necessidades de programação de dispositivos de IoT.

"Isso reduz a latência da comunicação entre dispositivos e as redes de TI centrais às quais eles estão conectados.  Daí o grande estímulo de algumas áreas ,no seu uso, como da área médica, edifícios inteligentes, indústria de manutenção e entretenimento e conteúdo de alta definição (vídeos e games) que precisam de respostas mais rápidas" explicou, acrescentando que "o mercado já identificou  modelos básicos para uso dos clientes que são: aplicações de uso intensivo de dados, aplicações de M2M,  manutenção crítica de vida e perceptível."

"O uso do Edge hoje não é mais uma promessa de tecnologia, ou aquela que precisa de  investimentos altos. Os benefícios do edge suplantam as barreiras tradicionais. Quando se fala de borda já se associa a sua capacidade de processamento de dados em diferentes camadas da infraestrutura, nos diferentes dispositivos (até em drones), de micro data centers para  pequenas instalações com objetivo de reduzir a latência e a segurança da infraestrutura, dos edges distribuídos  e até de  data centers de edge regionais.

"Esse processamento hoje pode ser feito, com produtos com um rack, de forma mais econômica para os usuários. Tudo isso só mostra que  somos um mercado em  desenvolvimento, mas seu crescimento foi até muito rápido no mundo. Mas dados mostram que enquanto a Europa tem problemas com o edge principalmente com seus sistemas legados, aqui na América Latina o seu uso já começa com o que há de mais atual na tecnologia o que nos leva a crer num crescimento grande e expansivo nos próximos anos".

Jorge Vergés, diretor de vendas da Cloudflare Latin America aponta os benefícios  trazidos pela Edge como seu principal fator de aceitação e adoção no mercado global.

"A Edge permite a coleta, armazenamento e análise de dados críticos próximos da sua fonte, o que reduz a quantidade de fluxos de informações indo e vindo. E transferência de dados de forma  segura e autenticada com vulnerabilidades bloqueadas em tempo real", disse Vergés.

Ele salienta que computação de borda é aquela na qual o processamento acontece no local físico (ou próximo) do usuário ou da fonte de dados. Com isso,  o processamento mais próximo, os usuários se beneficiam de serviços mais rápidos e confiáveis, enquanto as empresas usufruem da flexibilidade da cloud computing híbrida, por exemplo.

"A  computação de borda ajuda a minimizar o uso de largura de banda e recursos do servidor. Os recursos de largura de banda e nuvem são finitos e custam dinheiro. Com cada casa e escritório sendo equipados com câmeras inteligentes, impressoras, entre outros dispositivos uma infinidade de novos dados são  gerados e para se ter uma ideia segundo uma pesquisa mundial prevê-se que em 2025 haverá mais de 75 bilhões de dispositivos de IoT instalados em todo o mundo.  E para que se possa oferecer suporte a todos esses dispositivos há realmente necessidade de uma quantidade significativa de computação que terá que ser movida para a borda", alerta o executivo.

Como ressaltou, o executivo da Cloudflare os  principais benefícios da Edge Computing serão cada vez mais necessários, neste mundo hiperconectado, por isso a  menor latência; a redução do uso de largura de banda e dos custos associados; à redução dos recursos do servidor e as funcionalidades adicionadas permitem que as empresas possam processar e analisar seus dados na borda, em tempo real.

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