A Vivo registrou lucro de R$ 2,6 bilhões no último trimestre de 2021. No ano, valor chegou a R$ 6,2 bilhões, alta de 31% em comparação com 2020. Os investimentos, realizados entre outubro e dezembro, ultrapassaram R$ 2,3 bilhões e foram direcionados ao reforço da rede móvel e à expansão da rede de fibra. A empresa concluiu 2021 com a injeção de R$ 8,7 bilhões, com crescimento anual de 11,5%.
A base histórica de clientes, com 99 milhões de acessos, foi impulsionada pelo segmento móvel, que atingiu 83,9 milhões, sendo 50 milhões apenas da base pós-paga. As adições em fibra também contribuíram para o aumento. No ano, foram mais de 1,2 milhão, encerrando o trimestre com 4,6 milhões de acessos, um acréscimo anual de 36,4%. Ao longo de 2021, a Vivo expandiu sua rede de fibra – considerada a maior da América Latina – para 61 novas cidades, incluindo à sua cobertura 3,9 milhões de residências e empresas. A rede de fibra da companhia está disponível para 19,6 milhões de domicílios, em 327 municípios. A Vivo percorre um plano para elevar sua cobertura para 29 milhões até o final de 2024.
As receitas também cresceram. No trimestre, a Vivo registrou mais de R$ 11,5 bilhões em receita líquida, com crescimento de 2,8% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. No acumulado de 2021, valor supera R$ 44 bilhões, com alta de 2,1%. A estratégia da companhia em manter o foco incessante na ampliação de parcerias, na realização de novos negócios e na modernização da rede de conectividade fixa e móvel – formando o core business da empresa – reflete em mais de 90% da receita total. A Vivo destaca a ascensão no segmento móvel de 3,7% no quarto trimestre, atingindo R$ 7,8 bilhões, encerrando o ano com evolução de 3,4% em relação a 2020. O resultado foi impulsionado pela receita do pós-pago, que evoluiu 3,9%, representando 81% da receita de serviço móvel nos últimos três meses do ano. Ao longo deste período, retomou o crescimento da receita total fixa com alta anual de 0,8%, puxada pela receita de fibra com atuação 31,2% superior na comparação com o trimestre do ano anterior.
O segmento corporativo, liderado pela Vivo Empresas com apoio tecnológico da Telefónica Tech – holding de tecnologia do Grupo Telefónica – seguiu em expansão no trimestre e encerrou o ano com destaque na receita dos serviços digitais, composta por soluções em cloud, cibersegurança, IoT e Big Data, que atingiu R$ 2,1 bilhões, com crescimento anual de 46%. Os serviços de cloud lideram a expansão, com alta de 96%. Esta evolução, de acordo com a Vivo, é reflexo das parcerias com os principais provedores do mercado, como AWS, Microsoft Azure e Google que, somadas às dezenas de outras marcas, fortalecem o portfólio digital dedicado às empresas de todos os tamanhos.
Em 2021, a companhia também investiu em alguns segmentos-chave, como educação, entretenimento, saúde e finanças, que devem seguir como prioritários em 2022. No início de fevereiro, a Vivo assinou contrato de Joint Venture com a Ânima Educação. A ideia é criar uma plataforma digital, com objetivo de impulsionar a empregabilidade, a partir de cursos livres em diversos setores. A proposta segue agora em aprovação pelo Cade. Em saúde, a Vivo criou o Vida V, um marketplace de bem-estar, que oferece, entre outras soluções, serviços de telemedicina a consumidores finais e PME´s no Brasil. No setor financeiro, lançou o Vivo Money, serviço de crédito pessoal contratado de forma 100% digital; e o Vivo Pay, conta digital e gratuita, disponível para todos, inclusive clientes de outras operadoras. No entretenimento, a Vivo vem ganhando cada vez mais relevância como canal de distribuição de provedores de conteúdo, como Netflix, Disney Plus, Amazon Prime Video.
O executivo destaca também a importância das frequências 5G, adquiridas em leilão realizado pela Anatel em novembro do ano passado, que proporcionam um salto tecnológico nos hábitos das pessoas e nas operações das empresas.
No trimestre, o Ebitda, resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, foi de 4,9 bilhões, com alta de 1,2%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, com margem de 42,9%. No ano, o Ebitda recorrente atingiu R$18 bilhões, com aumento de 1,7% e margem de 40,9%.
Assim, como em 2021, neste ano a empresa reafirma suas decisões pautadas em um Plano de Negócio Sustentável, com metas e objetivos definidos, desenvolvendo todos os pilares ESG. O projeto de Geração Distribuída encerrou o ano com 21 usinas instaladas e seguirá seu plano de crescimento, com meta de 85 unidades até o final de 2022. O movimento Recicle com a Vivo, de coleta de resíduos eletrônicos e recondicionamento e reciclagem de modens e decodificadores dos serviços de banda larga e TV, coletou cerca de nove toneladas de equipamentos ao longo de 2021.
No âmbito social, mais de 2,7 milhões de pessoas foram beneficiadas por meio de inciativas da Fundação Telefônica Vivo em projetos de educação em escolas públicas e voluntariado. No ano, destaque para a criação do primeiro itinerário de formação técnica e profissional em Ciência de Dados. Voltada aos jovens do Ensino Médio da escola pública, o curso proporciona oportunidade de planejar melhor a carreira em áreas que estão em evidência e em ascensão no mercado de trabalho. O projeto acontece em parceria com as Secretarias Estaduais de Educação e, na fase piloto, atenderá cerca de 270 educadores e mais de 800 estudantes em escolas no Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
A Fundação também foi destaque na premiação global World Summit Awards 2021 (WSA), na categoria Aprendizagem e Educação – apenas entre as iniciativas brasileiras – com o projeto Escolas Conectadas, plataforma que oferece cursos online de formação continuada, totalmente gratuitos, para professores da educação básica. O WSA, com sede em Viena, na Áustria, tem o intuito de selecionar e promover os melhores e mais inovadores conteúdos digitais do mundo.
Em Diversidade, a Vivo destaca seu recente programa de estágio, de caráter afirmativo, com 50% das vagas exclusivas para estudantes negros. Além de ser uma empresa certificada pelo GPTW (Great Place To Work), também está presente no Ranking Melhores Empresas para a Mulher Trabalhar GPTW 2021 e foi reconhecida com o Prêmio WEPs Brasil 2021 pelo avanço nas ações de igualdade de gênero, no ambiente profissional. Uma materialização deste compromisso foi a abertura de 100 novas vagas para mulheres no programa "Mulheres em Áreas Técnicas", atividade – até então – majoritariamente ocupada por homens.
A companhia foi reconhecida com a certificação ISO 27001, referência internacional para a gestão de Segurança e foi listada, pela 10ª vez consecutiva, na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3). Em 2021 – e pelo terceiro ano seguido – a Vivo manteve a liderança no índice Dow Jones Sustainability Index (DJSI), na categoria telecom, com a maior pontuação da América Latina. Integrou, ainda, pela segunda vez, o The Sustainability Yearbook 2022, elaborado pela S&P Global, com base no ranking do DJSI. O anuário é considerado referência para investidores por apresentar as líderes em sustentabilidade no mercado.