O número de malwares móveis catalogados no último trimestre do ano passado pelo McAfee Labs, divisão de pesquisa de ameaças da Intel Security, ultrapassou 6 milhões de amostras, um aumento de 14% em relação ao trimestre anterior. O relatório traz também detalhes sobre o kit de exploração Angler, cada vez mais popular, e alerta sobre programas potencialmente indesejados (PUPs) cada vez mais agressivos que mudam as configurações do sistema e coletam informações pessoais sem o conhecimento dos usuários.
No quarto trimestre de 2014, o laboratório acompanhou o aumento do kit de exploração Angler, uma das mais recentes contribuições da economia do "cibercrime como serviço" para as ferramentas prontas para uso, que oferecem funções cada vez mais mal-intencionadas. Os pesquisadores perceberam a migração dos cibercriminosos para o Angler no segundo semestre do ano passado, quando sua popularidade superou a do Blacole entre os kits de exploração.
O Angler utiliza várias técnicas de evasão para passar despercebido pelas máquinas virtuais, por ambientes de teste e por software de segurança e muda, frequentemente, seus padrões e suas cargas para ocultar sua presença de alguns produtos de segurança.
Este pacote de atividade criminosa contém recursos de ataque fáceis de usar e novos recursos tais como infecção sem arquivo, evasão de máquinas virtuais e produtos de segurança, além da capacidade de distribuir uma ampla gama de cargas, entre elas cavalos-de-Tróia bancários, rootkits, ransomware, cryptolocker e cavalos-de-Tróia de porta dos fundos (backdoors).
O relatório também identificou uma série de outros acontecimentos no último trimestre de 2014, tais como o fato de a Ásia e a África terem registraram as taxas mais elevadas de infecção por malwares móveis; a detecção de PUPs em 91 milhões de sistemas por dia — que estão ficando cada vez mais agressivos, se passando por aplicativos legítimos; e o fato de o número de novas amostras de ransomware ter voltado a crescer (155%) depois de um declínio de quatro trimestres.
O estudo constatou também uma retomada no crescimento do número de novos binários mal-intencionados assinados, com um aumento de 17% no total de binários assinados; e a detecção de 387 novas amostras de malware por minuto, ou mais de seis por segundo.