Uma pesquisa realizada pela ESET com cerca de 3,6 mil executivos da América Latina identificou que, no último ano, mais da metade das empresas da região foi infectada por malwares (códigos maliciosos). De acordo com o relatório, batizado de ESET Security Report, no Brasil esse índice é ainda mais alto, com 60,9% das empresas consultadas relatando incidentes relacionados a códigos maliciosos.
Na América Latina, El Salvador lidera o ranking de empresas infectadas por malwares em 2012, com 74,4% de organizações afetadas, seguido por Venezuela (70,7%), Bolívia (66,7%), República Dominicana (62,6%), Guatemala (61,2%) e Brasil – que aparece na sexta colocação.
Uma das conclusões do relatório, realizado anualmente pela ESET, é que há uma tendência no aumento do número de empresas da América Latina infectadas por malwares, que lideram o ranking de ameaças à segurança da informação na região. No estudo de 2010, 39,6% das organizações reportaram problemas relacionados a códigos maliciosos, o que representa um aumento de mais de dez pontos percentuais nos últimos dois anos.
"Diversos fatores justificam esse crescimento. Entre eles, o fato de que cada vez mais os profissionais estão conectados à internet, o que amplia o risco aos malwares. Ao mesmo tempo em que há uma sofisticação e uma ampliação dos ataques realizados pelos cibercriminosos", afirma Camillo Di Jorge, country manager da ESET Brasil. "Esse relatório serve de alerta para que as empresas repensem a segurança da informação, a qual depende de dois fatores principais: o uso das tecnologias adequadas e a conscientização dos usuários", complementa.
Em relação à percepção das empresas, o relatório da ESET aponta também que só 27% dos entrevistados em toda a América Latina mencionam que os malwares são a maior preocupação em relação à segurança da informação. Ao mesmo tempo, três em cada quatro companhias da região não têm um plano claramente definido sobre como atuar em casos de incidentes que comprometam a segurança.
Quanto às ferramentas de segurança utilizadas pelas empresas da América Latina, o relatório mostra que 14% dos entrevistados não têm solução de antivírus instalada em suas companhias, 20% não têm firewall e 22% não adotam a prática de fazer cópias de segurança (backup). Apenas 55% dizem contar com a combinação de antivírus, firewall e antispam.