As aplicações M2M podem abranger a maioria das indústrias e a sua influência cresce cada vez mais. Ao mesmo tempo em que existem iniciativas de eHealth, existem projetos de smart grids, logística e muito mais, que envolvem esse tipo de tecnologia de comunicação máquina a máquina. Isso deixa claro que as aplicações M2M estão proliferando-se e os casos de uso começam a surgir em diversas verticais.
Porém, sempre é o momento de refletir sobre como a indústria está preparando-se para apoiar as iniciativas na entrega dessas soluções. A previsão para o futuro é favorável e espera-se que o que hoje são exemplos, possam ser realizados na prática em um futuro breve. A expectativa é que haja muito mais do que podemos imaginar agora. Este é apenas o momento inicial da construção de toda uma indústria de M2M.
Esse cenário alavanca uma série de desafios. Um deles, por exemplo, é o fato de que essas ofertas, para tornarem-se atraentes, requerem primeiramente agilidade das redes dos prestadores de serviços. É fundamental assegurar que os dados sejam entregues ao destinatário apropriado no momento certo, seja ele quem for. Isso significa estar apto a endereçar a entrega de dados em diferentes situações, em casos normais ("se isso acontecer, enviar os dados lá"); e em exceções ("se isso acontecer, então enviá-lo em outro lugar e aumentar a sua prioridade"). Utilizando uma situação de eHealth como exemplo, os dados provenientes de um monitor remoto de pacientes podem ser enviados para uma aplicação de gravação em circunstâncias normais – como a medição de pulsação. Mas, se algo acontecer e um dos sinais exceder um determinado limite (a pulsação elevar-se de forma anormal), os dados precisam ser encaminhados para um sistema de emergência e, portanto, tem um nível diferente de prioridade. Isso tudo exige agilidade.
O M2M não se trata simplesmente do envio de dados entre pontos finais, mas também do estabelecimento de uma estrutura de comunicação que é inerentemente ágil e que pode lidar com variáveis para esta finalidade e demandas em tempo real. Desta forma, quanto mais olhamos, mais descobrimos que o M2M pode trazer benefícios para toda a indústria.
Os prestadores de serviços devem levar isso em conta quando considerarem como podem aproveitar as oportunidades para fornecer a infraestrutura de comunicação necessária para suportar aplicações M2M. Enquanto as demandas gerais serão as mesmas, as especificidades irão variar. Por exemplo, as necessidades do setor de eletricidade são diferentes da indústria de saúde; as da agricultura são distintas das de fornecimento de energia; e assim por diante. Qualquer prestador de serviços entrando em mercados M2M precisa entender claramente as necessidades de cada vertical e segmento.
Para obter sucesso a longo prazo ao invés de uma abordagem única para todos, uma aproximação passo a passo, compreendendo de forma clara a necessidade de cada vertical de mercado e explorando o comum, é o mais adequado para garantir um serviço ágil e um provável quadro de orquestração.
Uma infraestrutura que seja apoiada pelos componentes certos, pode ser uma proposta mais flexível e inteligente para uma variedade de aplicações. Sem agilidade as necessidades específicas de cada um não podem ser atendidas. Com as ferramentas certas, os custos operacionais e os custos de lançamento de novas ofertas podem ser minimizados já que os mesmos recursos podem ser utilizados de forma eficiente para atender às necessidades diferentes e mutáveis.
Washington Tavares, gerente de produtos da ISPM