Compesa e Vector Engenharia vão automatizar 150 estações elevatórias em PE

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A Vector Engenharia e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) firmaram acordo para automação de 150 estações elevatórias de água do estado de Pernambuco. Com mais de duas décadas em operação, as estações já não apresentam padrões satisfatórios de eficiência, confiabilidade e segurança, motivos que levaram a Compesa a colocá-las na linha de frente de um extenso processo de modernização pelo qual estão passando suas instalações. Saulo Bezerra, da Diretoria de Controle Operacional da companhia pública, explica que, com os sistemas de automação, as três grandes metas são reduzir custos de manutenção de equipamentos, diminuir taxas de perda de água na rede – hoje, elas estão em aproximadamente 47% – e fortalecer a receita da empresa.
O contrato é da ordem de R$ 8 milhões – até agora, o maior já fechado pela Coordenação de Sistemas de Controle da Compesa, setor que gerencia as áreas em automação na companhia.
"Com a conclusão deste projeto de automação de 150 estações elevatórias, espera-se a redução dos custos operacionais envolvidos nos processos da Compesa", diz Bezerra. "Este será o principal benefício para a população – um sistema de abastecimento mais seguro e mais eficiente na produção e na distribuição da água".
"É um projeto muito estimulante tanto do ponto de vista técnico, por envolver desafios realmente grandes, quanto por sua extensão social", concorda Andre Araujo, diretor Comercial e de Marketing da Vector Engenharia. A implantação do sistema de automação estará totalmente finalizada dentro de um ano. Porém, já a partir deste mês de julho, algumas das unidades operacionais da Companhia terão parcelas de subsistemas implantados e em operação.
Quando inteiramente montado, o sistema permitirá que os técnicos da Compesa acompanhem à distância, a partir das unidades de destino, tudo que ocorre com máquinas, conjuntos de motores-bomba (os chamados CMBs, responsáveis pelo bombeamento de água entre diferentes reservatórios e sistemas de distribuição), níveis de água nos reservatórios, grandezas elétricas, além da segurança patrimonial dos painéis – contra invasões – e até desgaste de equipamentos. Nas estações mais críticas, adicionalmente, os operadores contarão com sistemas completos de telesupervisão e de telecomando, possibilitando ligar, desligar ou regular o funcionamento das máquinas de forma remota.
Os sistemas têm até quatro modos de operação para os conjuntos motores-bombas – automático, manual, manutenção e remoto –, acionáveis segundo informações de níveis máximo e mínimo tanto do reservatório da elevatória quanto do reservatório de destino. No modo manual, a operação é executada exclusivamente pelo operador. No automático, o controle da estação é passado ao CLP instalado em seu quadro de automação. O software que roda no CLP toma todas as decisões de acordo com informações que recebe de diversos sensores, incluindo a variação dos níveis dos reservatórios, do status de equipamentos e de eventos de alarme. Se há necessidade de uso do telecomando, o modo automático possibilita o acionamento remoto dos conjuntos pelos operadores das unidades de destino através de Interfaces Homem-Máquina. Já no modo manutenção, os CMBs passam a ignorar qualquer comando de partida, locais ou remotos, automáticos ou manuais, de forma a prover total segurança a técnicos que executem intervenções de manutenção nas bombas.
O projeto em implantação tem dois padrões de automação, divididos de acordo com a potência dos CMBs. Um deles prevê telesupervisão e telecomando dos conjuntos motor-bomba. Mais completo, será aplicado a CMBs com potência superior a 20cv, que necessitam maior confiabilidade e robustez na operação. Nele, os projetistas da Vector optaram por pacotes customizados com Controladores Lógicos Programáveis, Interface Homem-Máquina e Rádio-Modem Serial.
O outro padrão de automação, para instalações de menor sofisticação, prevê apenas o controle local do acionamento dos conjuntos motor-bomba. Utilizada nas estações com CMBs de até 20cv de potência, a solução inclui CLP para controle dos equipamentos locais e Rádio-Modem Serial para comunicação automática da estação elevatória com a unidade de destino.
O projeto criado pela Vector prevê constante medição de níveis e troca de informações entre unidades de bombeamento, elevatórias e reservatórios para evitar que a água seja enviada a locais que já estão com níveis altos, impedindo perdas por extravasamento. Além disso, no caso de falha em um conjunto motor-bomba, o sistema automaticamente o isola, informa a supervisão e liga outro CMB, evitando falta de água.

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