O banco suíço UBS AG criticou o plano da Nasdaq para tentar minimizar as perdas com os problemas ocorridos na oferta pública inicial (IPO) do Facebook, em 18 de maio passado. Em documento protocolado na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, a companhia se une ao coro de protestos pela rejeição da proposta da bolsa eletrônica.
Em junho, a Nasdaq propôs a criação de um fundo com US$ 40 milhões para indenizar as companhias prejudicadas com a falha na operação de estreia dos papéis da rede social na bolsa. Após muitos protestos dos investidores lesados, o valor foi aumentado para US$ 62 milhões, mas mesmo assim não cobre os prejuízos, segundo o The Wall Street Journal.
O UBS AG calcula a perda de US$ 356 milhões e pede que a SEC determine uma punição maior à Nasdaq, chamando a proposta da bolsa de “lamentavelmente inadequada”. O banco acusa a bolsa de erro no cálculo e se opõe à ideia de abertura de processo judicial para ter acesso ao fundo criado.
O pedido do UBS AG vai ao encontro de uma solicitação similar feita pelo Citibank, também prejudicado com a operação. Mesmo assim, não há garantias de aprovação do plano ou do pedido das financeiras, conforme atestam pessoas ligadas ao assunto ouvidas pelo jornal americano. Procurada, a Nasdaq não quis comentar o caso.
Em maio, a Nasdaq falhou ao enviar confirmações de compras dos papéis da rede social durante as primeiras horas de negociação. Ao longo do dia, as ações do Facebook se desvalorizaram e, sem a certeza da compra, investidores tiveram pagamentos computados pelo valor inicial, mas no período da tarde – ou seja, mais elevado em relação às condições atuais. A própria rede social culpou a bolsa eletrônica pela frustração com o valor das ações no fechamento do primeiro pregão e o CEO da Nasdaq, Robert Greifeld, reconheceu as falhas.
