A indústria eletroeletrônica apresentou resultado fraco em setembro em relação ao mês anterior, de acordo com sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) junto às empresas associadas. O relatório aponta que 43% das empresas do setor tiveram queda nas vendas e no volume de encomendas, enquanto 29% apresentaram crescimento nas vendas. Além disso, 57% das empresas pesquisadas relataram que suas vendas ou encomendas ficaram abaixo das expectativas, número 16% superior ao verificado na sondagem de agosto (49%).
Já na comparação com setembro do ano passado, 51% dos entrevistados indicaram que as vendas ou entrada de encomendas cresceram — percentual bastante próximo aos verificados nos dois últimos meses — enquanto 29% registraram queda.
De acordo com o estudo, os negócios do setor eletroeletrônico continuaram amparados pelo mercado de bens de consumo de tecnologia avançada, como tablets e smartphones, bens de capital seriados e equipamentos para infraestrutura de telecomunicações.
Exportações
Em relação às exportações, os dados da Abinee indicam que ainda é baixo o percentual de empresas que apresentaram crescimento nas exportações (23%), mesma porcentagem de empresas que indicaram redução nas vendas externas no período. Dados efetivos, no entanto, mostram que as exportações de produtos eletroeletrônicos cresceram 8% em setembro deste ano em relação a igual mês de 2012, após quedas sucessivas a partir de maio.
Perspectivas
Mesmo com os resultados aquém do esperado, as empresas do setor eletroeletrônico estão otimistas quanto ao desempenho para os próximos meses, já que 56% das consultadas esperam crescimento das vendas em outubro. Para o quarto trimestre, essa fatia é de 58%. Quando considerado todo o segundo semestre, 57% das companhias esperam alta nas vendas e remessas em relação aos primeiros seis meses do ano.
Quando considerada a perspectiva para o consolidado do ano, o otimismo é um pouco maior – 59% das companhias consultadas pela Abinee estão com previsões de crescimento, 22% esperam estabilidade e 19% indicam queda.