A Justiça britânica determinou nesta quinta-feira, 24, que o fundador do portal WikiLeaks, o australiano Julian Assange, de 39 anos, seja extraditado para a Suécia, onde será questionado sobre as acusações de crimes sexuais que pesam contra ele. A decisão ainda não tem caráter definitivo, e os advogados de Assange têm sete dias úteis para recorrer.
O veredicto marca o fim de mais uma etapa do processo de extradição movido pela Justiça sueca e que já dura mais de três meses. Assange é acusado de abusar sexualmente de duas mulheres suecas em agosto do ano passado, mas, como hoje mora em Londres, na Inglaterra, não podia ser inquirido pela corte sueca. Ele nega veementemente as acusações e alega motivações políticas para sua condenação.
No entendimento do juiz do caso, Howard Riddle, o pedido de extradição feito pela Promotoria-Geral da Suécia "tem validade judicial, por isso o réu deve ser enviado à corte sueca". Segundo informações da imprensa internacional, Assange se manteve impassível durante toda a sessão de hoje.
Os defensores de Assange, contrariados pela decisão da Justiça britânica, falam em conspiração contra o dono do WikiLeaks por vir incomodando governos ao redor do mundo com a publicação de documentos confidenciais. Os pró-Assange afirmam que o julgamento é apenas uma forma de maquiar as verdadeiras intenções da suposta conspiração internacional – silenciar o WikiLeaks e reconfiscar todos os mais de 25 mil documentos que o site diz possuir. Com informações do New York Times e do The Washington Post.
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