Com o caixa confortável em razão das fortes vendas de iPhones, a Apple recomprou US$ 45 bilhões de suas ações em 2014, muito acima da segunda colocada Exxon Mobil, a maior companhia petrolífera do mundo. A cifra representa um aumento de 74% nos gastos da fabricante com a recompra de ações no ano passado, na comparação com os US$ 26 bilhões despendidos no ano anterior, segundo o site Investors.com.
O montante é expressivo. Para se ter uma ideia, a Exxon Mobil ficou num distante segundo lugar com US$ 13,1 bilhões em recompra de ações, entre as empresas que compõem o índice Standard & Poor's 500, de acordo com um relatório da S&P Dow Jones Indices.
A Intel aparece na terceira posição em recompras de ações no ano, seguida pela IBM. A Intel gastou US$ 10,8 bilhões, o que representa um aumento significativo em relação ao US$ 2,1 bilhões desembolsados em 2013. Já o montante de recompra da IBM caiu ligeiramente, para US$ 10 bilhões contra US$ 10,3 bilhões (veja gráfico abaixo).
As empresas do índice S&P 500 recompraram, juntas, US$ 553 bilhões em ações, aumento de 16% na comparção com 2013. A maior marca em recompras de papéis foi em 2007, quando as empresas gastaram US$ 589 bilhões.
No quarto trimestre do passado, o setor de tecnologia da informação continuou a liderar as transações de recompra de ações, respondendo por 24% do total anual, embora represenrte um recuo em relação aos 29,6% registrados no trimestre anterior. O declínio de US$ 10,9 bilhões pode ser atribuído à Apple, que recomprou US$ 5 bilhões no quarto trimestre, abaixo dos US$ 17 bilhões do trimestre anterior, aponta o relatório.
As recompras de ações são vistas como um benefício para os acionistas das empresas e podem ser um indicador de confiança. Quando as ações são readquiridas, o número de ações em circulação é reduzido e, com isso, a propriedade relativa a cada investidor aumenta. Recompras também ajudam a melhorar a relação price-to-earnings, método de avaliação utilizado para comparar o preço atual da ação de uma empresa com seu lucro por ação.
Howard Silverblatt, analista da S&P Dow Jones Indices, diz no relatório que a redução do número de ações "aumentaram o lucro por ação significativamente, em 20%, nos últimos quatro trimestres".