Internautas apoiam controle de circulação de pessoas

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Pesquisa do IBOPE Inteligência realizada pela internet, entre os dias 20 e 23 de março, para acompanhar os impactos do COVID-19 no Brasil, revela que 89% dos entrevistados concordam que o horário de circulação das pessoas nas ruas dos país deveria ser controlado neste momento.

Pelo lado econômico, o estudo mostra que 85% dos entrevistados acham que muitas empresas vão fechar por conta da crise causada pelo Coronavírus; 76% declaram que estão economizando nestes dias pois acreditam que quando a pandemia passar sua situação financeira estará pior; 51% dizem que já tiveram algum prejuízo econômico por causa do COVID-19; 47% estão com medo de perder o emprego; 44% foram obrigados a adiar uma viagem por conta da pandemia e 40% estão comprando produtos de outras marcas porque as que gostam não estão encontrando.

No entanto, comprar produtos para estocar em casa é uma ação que mais da metade dos entrevistados afirma não ter feito: 62% afirmam que não fizeram isso. Dentre os que optaram por esse ato, os produtos mais comprados são alimentos (27%), itens de higiene pessoal (25%), álcool gel (22%) e produtos de limpeza (20%).

A pesquisa do IBOPE Inteligência aponta ainda que quase a totalidade dos internautas brasileiros (93%) afirmam que existem muitas informações falsas sobre o Coronavírus, 82% acreditam que os hospitais não estão preparados para controlar o COVID-19 e 66% acham que o governo brasileiro está fazendo tudo o que pode para combater o surto no país.

Na opinião de 60% dos internautas brasileiros todos (população, governo federal e pesquisadores/cientistas) são responsáveis em combater a propagação do COVID-19 (coronavírus) no Brasil.

Atualmente, de acordo com o estudo, 90% dos pesquisados dizem que possuem informações suficientes sobre o COVID-19 e 93% afirmam que estão preocupados, dos quais 62% muito preocupados.

Para se informar sobre a pandemia, a TV aberta é o principal meio de informação dos internautas: 75% estão se informando por esse veículo de comunicação, seguida dos sites e portais de notícias (73%), redes sociais (60%), WhatsApp (40%), TV paga (31%), rádio (25%) e jornais impressos (15%). Ao serem perguntados se confiam nas informações de COVID-19 passadas pela TV aberta, 88% dos internautas afirmam que sim, ao passo que 86% confiam nos sites e portais, 83% confiam no rádio, 80% confiam na paga TV aberta, 78% confiam nos jornais impressos e menos da metade confiam nas redes sociais (42%) e WhatsApp (27%).

Para combater o vírus, segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), 97% dos entrevistados estão lavando as mãos frequentemente, 91% estão evitando locais com muitas pessoas e 85% estão evitando cumprimentar, beijar ou dar as mãos para pessoas. Há também 84% que estão saindo de casa com menos frequência e 16% que estão usando máscaras.

A pesquisa aponta também que 39% consideram que é mais importante pensar em si mesmos e na família do que nos outros, 37% acreditam que eles mesmos ou seus familiares e amigos pegarão a doença e 29% acham exagero a preocupação com o vírus.

A pesquisa foi realizada de 20 a 23 de janeiro, por meio de questionário online. Foram realizadas 1500 entrevistas, de abrangência nacional, com mulheres e homens, maiores de 16 anos, das classes ABC. A pesquisa é representativa da população de internautas e apresenta erro amostral de 3 pontos percentuais, considerando nível de confiança de 95%.

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