O iFood e a YvY Capital se uniram para acelerar a estruturação da plataforma de motos elétricas no país, trazendo mais inovação e eficiência para o setor. O iFood é o primeiro investidor âncora do Fundo FIP YvY Fábrica de Negócios, com um aporte inicial de US$7,5 milhões.
A expectativa é que, até 2035, o Fundo tenha capacidade de produzir e comercializar 600 mil motos elétricas por ano, com preços acessíveis e competitivos, beneficiando entregadores e outros parceiros do setor, além de contribuir para a evolução da mobilidade urbana.
O iFood conta com mais de 360 mil entregadores ativos em sua plataforma e tem investido na eletromobilidade desde 2020 como estratégia de competitividade e transformação socioambiental.
"A eletromobilidade na logística de última milha não é apenas uma tendência, é uma necessidade estratégica para empresas que querem se manter competitivas e sustentáveis. Estamos diante de uma evolução socioambiental e econômica. As motos à combustão representam 53% das emissões poluentes em operações urbanas de última milha, dependente de um combustível caro. Já as motos elétricas, além de eliminar as emissões de carbono, reduzem custos operacionais com combustível e manutenção na proporção de 30% a 60%, levando a uma logística mais eficiente e aumentam os ganhos dos entregadores. Esse cenário gera mais demanda e impulsiona um modelo de entregas mais sustentável e rentável", explica Renata Torres, diretora de Logística Sustentável e Soluções de Impacto no iFood.
Brasil avança na eletromobilidade
O Fundo FIP YvY Fábrica de Negócios, de forma inovadora, vai acelerar o desenvolvimento da eletromobilidade no Brasil, apoiando a estruturação de projetos de plantas industriais e o desenvolvimento de startups, colaborando para a formação de um grande ecossistema de Eletromobilidade do Brasil.
O fundo contará, em sua Classe E2Ws (veículos elétricos de duas rodas), com investidores corporativos e financeiros interessados em desenvolver projetos em diferentes elos dessa nova cadeia de valor verde, como fabricantes de baterias, motores, motos, infraestrutura de recarga, geradores e comercializadores de energia, empresas de delivery e mobilidade, bancos, entre outros. O iFood se tornou o primeiro investidor âncora, aportando U$7,5 milhões, de um total de US$50 milhões iniciais na categoria.
O fundo vai estruturar projetos até o FID (Final Investment Decision) e investirá em startups que, juntas, formarão uma plataforma com a capacidade potencial de até US$1 bilhão em novos investimentos no Brasil.
"Diante das nossas ambições de futuro e do cenário da eletromobilidade de duas rodas no Brasil, entendemos que a parceria com a YvY é um passo importante para desenvolvermos o ecossistema de eletromobilidade no País, fomentando de forma efetiva o desenvolvimento desse mercado com tantas oportunidades econômicas, sociais e ambientais", diz Renata.
Os investidores do fundo gerido pela YvY Capital, como o iFood, poderão ter retornos estratégicos e financeiros compartilhados. Os estratégicos são acelerar a execução de seu planejamento de novos negócios, ampliar a oferta de produtos e serviços atuais e novos, promover a descarbonização de suas atividades, acessar e comprar novos ativos e negócios, gerar inovação de forma integrada com os demais atores do ecossistema. E retorno financeiro, com a devolução dos seus investimentos por meio da venda dos projetos estruturados (FID) e das startups investidas.
"A plataforma brasileira de veículos elétricos de duas rodas tem potencial para transformar o mercado nacional em 10 anos, impulsionando a neo-industrialização e o adensamento produtivo do Brasil, com o desenvolvimento simultâneo e com escala de novas plantas industriais, como de motos, motores, baterias, dispositivos eletrônicos, infraestrutura de recarga e reciclagem, com a consequente geração de empregos qualificados. Haverá uma demanda importante para a energia renovável brasileira e para a expansão do ecossistema de empreendedorismo e startups. A plataforma se propõe a atrair e canalizar recursos financeiros e propriedade intelectual, nacionais e internacionais, focados na agenda de transição energética no país", explica Bruno Aranha, fundador e CVO da Yvy Capital.
Além disso, de acordo com Bruno Aranha, há potencial para aumento de renda de até 40% para milhões de entregadores e mototaxistas, que podem ser revertidos em moradia, educação e saúde, além de gerar novas oportunidades de ganhos para todo o ecossistema. As motos elétricas proporcionarão mais segurança, tecnologia e conveniência, bem como a redução da emissão de até 14,25 milhões de toneladas de CO2 ao ano, o que vai melhorar a qualidade do ar e de vida nas cidades brasileiras.