O número anual de tablets vendidos globalmente pulará de cerca de 56 milhões em 2011 para 375 milhões em 2016, segundo o novo relatório divulgado nesta terça-feira, 24, pela Forrester Research, denotando uma taxa composta de crescimento anual de 46%. Isso fará com que, em 2016, haja 760 milhões de tablets em uso no mundo.
A Forrester prevê que a Apple continuará na liderança do mercado de tablets nos próximos anos, com o equivalente a 53% de toda a base instalada global. Parte da estratégia da empresa para se manter no topo será mirar novos mercados, como o segmento corporativo – que representará um terço de todos os tablets comprados em 2016 – e consumidores de países como a China.
O relatório prevê também que o Android verá uma tendência à estagnação de sua base instalada de tablets no mesmo período, prejudicado por fatores que já são verificáveis atualmente – fragmentação no mercado de aparelhos Android, problemas no suporte de software, entre outros. Além da Apple, a empresa prevê que a Microsoft também pode ganhar share com seu Windows Metro.
Em post publicado em seu blog pessoal sobre os resultados do estudo, o chefe de pesquisa da Forrester, Frank Gillett, observou que, apesar de ainda com números bastante inferiores aos de PCs em uso no mundo – que serão cerca de dois bilhões em uso em 2016 – os tablets estão em uma tendência de alta, e tendem a se tornar os devices preferidos de muitos consumidores, canibalizando especialmente as vendas de laptops e notebooks.
"Os tablets não são os devices mais poderosos, mas são os mais convenientes. Eles se tornarão os dispositivos preferidos de milhões de pessoas no mundo todo. Note-se que ainda haverá inúmeros computadores pessoais (PCs) em uso – nosso estudo estima esse número em dois bilhões em uso em 2016, apesar do crescimento das vendas de tablets. Isso ocorrerá porque os tablets canibalizam apenas parcialmente o mercado de PCs. Os tablets tendem a reduzir as vendas de laptops, mas a aumentar as vendas de desktops. Muitas pessoas, especialmente profissionais da informática, ainda precisarão de PCs convencionais para seu trabalho criativo intenso, o qual requer telas grandes e maior capacidade de processamento do que a dos tablets", disse.