O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, respondeu nesta segunda-feira, 24, às reclamações dos usuários e às preocupações dos órgãos reguladores internacionais em relação ao tratamento das informações pessoais divulgadas on-line pela rede social. Em carta publicada na imprensa americana, o executivo reconhece que houve falhas na política de privacidade do site e promete aos internautas que continuará trabalhando para que as pessoas não deixem de compartilhar informações por medo ou receio do que pode lhes acontecer.
Para Zuckerberg, os "descuidos" com os dados pessoais dos usuários do Facebook foram resultado de um crescimento muito mais rápido do que o esperado. Ele acha que, no afã de conseguir manter todos os usuários satisfeitos e ao mesmo tempo atrair mais internautas para seus serviços, a empresa "agiu rápido demais" e acabou se perdendo.
No início deste ano, quando anunciou a nova política de privacidade, o Facebook recebeu duras críticas, que partiram tanto de usuários quanto de órgãos governamentais, alegando que os controles eram complicados demais e valorizavam mais o fornecimento de informações para anunciantes do que a real proteção dos usuários. À época, foi levantada a hipótese de que a rede social venderia os dados dos internautas aos anunciantes, para que eles possam elaborar peças baseadas no comportamento on-line das pessoas.
Zuckerberg, no entanto, negou todas as acusações de fornecimento não-autorizado de informações de internautas a terceiros e afirmou que nunca houve venda de dados a anunciantes. O executivo prometeu tornar a ferramenta de privacidade do Facebook mais simples e manter o serviço gratuito para todos.
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