Apenas três anos depois de abrir seu capital na bolsa de tecnologia Nasdaq, o Facebook viu seu valor de mercado superar o do Walmart, gigante varejista com 52 anos de atividades e 11,5 mil lojas espalhadas pelos EUA e vários países do mundo.
As ações da rede social fecharam o pregão de terça-feira, 23, em alta de 3,7%, negociadas a US$ 87,88, o que resultou em uma capitalização de US$ 238 bilhões. Em contrapartida, os papéis do Walmart registraram queda de US$ 0,22 e encerram o dia cotados a US$ 72,57, o que representa uma valorização de US$ 234 bilhões. O resultado fez com que o gigante varejista saísse do ranking Top 10 das empresas mais valiosas do índice Standard & Poor's 500.
Com a valorização, o Facebook ingressou também no seleto clube das 10 maiores empresas de tecnologia, ao lado da Apple, Google e Microsoft. Esse desempenho fez com que o patrimônio líquido de Mark Zuckerberg, de 31 anos, maior acionista da rede social, subisse para US$ 37,3 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg, ficando também à frente dos quatro herdeiros do Walmart da família Walton — Christy Walton, herdeira mais rica, tem um patrimônio líquido de US$ 37,1 bilhões.
Os únicos magnatas da tecnologia mais ricos que Zuckerberg agora são Bill Gates, fundador da Microsoft — o homem mais rico do mundo, com US$ 85,9 bilhões — Larry Ellison, CEO da Oracle, que tem US$ 45,9 bilhões, e o fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, cujo patrimônio é de US$ 40 bilhões.
No ano passado, o Facebook registrou receita de US$ 12,5 bilhões, enquanto o Walmart contabilizou US$ 476 bilhões. No último trimestre, a rede social tinha cerca de 10 mil funcionários e a rede varejista, 2,2 milhões de empregados. Apesar dos números do Walmart, Wall Street vê mais potencial em empresas de tecnologia, que se tornaram as preferidas dos investidores nos últimos anos. A prova mais contundente disso é a Apple, cuja capitalização de mercado é de cerca de US$ 735 bilhões. Somente no último trimestre do ano passado, a fabricante vendeu 74,5 milhões somente de iPhones.