O baixo índice no sucesso de entrega de e-mails está relacionado principalmente com a falta de uma legislação vigente no País, que não regula o disparo do e-mail marketing, e também ao planejamento mal executado.
A afirmação é de Augusto Sorgi, diretor de marketing da operação brasileira da Splio, empresa de origem francesa que oferece consultoria e plataforma para disparo de e-mails e sms, engenharia de marketing, CRM multicanal e monitoramento de campanhas.
Segundo o executivo, a ausência de regras claras obriga empresas do ramo a criar processos próprios. Em alguns casos, esbarram em políticas de privacidade e spam dos grandes servidores de email.
"Falta no Brasil um alicerce que aponte as melhores práticas deste mercado", diz Sorgi, que cita a França como país que já solucionou essa questão, com um regulamento seguido por todas as empresas que atuam nessa área.
O executivo avalia que a falta de parâmetros nessa área tem impacto no resultado do e-commerce brasileiro. "Com o alinhamento dessas atividades, talvez o crescimento do comércio eletrônico pudesse ter sido ainda maior nos últimos anos", diz ele, acrescentando que a expansão do e-mail marketing no país segue o ritmo do comércio eletrônico, que cresce em média 30% ao ano.
Quanto a falhas de planejamento, Sorgi alerta que a ausência de coesão e flexibilização para cada tipo de público causa um retorno abaixo das expectativas.
A Splio, que iniciou operações no Brasil no fim de 2011, calcula que apenas 15% das mensagens enviadas são entregues aos destinatários. a empresa se baseia em dados obtidos por meio de campanhas realizadas com mais de 400 empresas de comércio eletrônico junto aos principais players de disparo de e-mails.