A agência reguladora americana no setor de segurança automotiva (NHTSA – National Highway Traffic Safety Administration) anunciou nesta sexta-feira, 24, que abriu investigação sobre o recall de cerca de 1,4 milhão de veículos da Fiat Chrysler para melhorias nos softwares, que estariam suscetíveis a ataques cibernéticos.
O órgão federal quer verificar o nível de segurança dos automóveis da montadora, depois da notícia de que hackers teriam demonstrado capacidade de comandar remotamente controles de um jipe através de sistemas de comunicação sem fio. Ele também quer conferir as correções propostas pela Fiat Chrysler para as vulnerabilidades de segurança, que envolvem correções de software e medidas em nível de rede que não exigem ações de consumidores.
O chefe da NHTSA, Mark Rosekind, disse ao The Wall Street Journal que especialistas em segurança cibernética da agência analisarão o recall, permitindo que o governo "ainda avalie" a resposta da empresa. Por meio de um comunicado, ele disse que a agência tem "encorajado" a Fiat Chrysler a realizar o recall "para garantir que os veículos são seguros contra tais ameaças, e que, quando novas vulnerabilidades forem descobertas, haverá uma resposta rápida e forte".
O recall afeta uma série de veículos, que vão desde picapes Ram a Jeep Grand Cherokee e Cherokee e carros da Chrysler. Os clientes afetados pelo recall receberão um dispositivo USB que atualiza seus softwares. A empresa disse que não tem conhecimento de quaisquer lesões, reclamações sobre garantia ou acidentes relacionados com o problema do software.
Procurada pelo jornal americano, a Fiat Chrysler disse está cooperando com a investigação e que os veículos da montadora cumprem todas as normas federais de segurança.