O Banco Topázio foi um dos primeiros bancos do Brasil a seguir um modelo totalmente open banking, através de APIs (Application Program Interface) abertas, que permitiram às fintechs e parceiros o desenvolvimento de novas aplicações e negócios. A tarefa de transformar um banco tradicional em uma empresa digital não foi fácil mas, apresentou resultados surpreendentes. Em apenas 12 meses de operação com o novo modelo, a emissão de empréstimos do Banco Topázio cresceu 4 mil vezes; foram gerados R$ 43 milhões em negócios próprios e R$ 500 milhões através de APIs, 65 mil novos contratos de câmbio e além disso, o ciclo de desenvolvimento de novos produtos foi reduzido de um ano para três meses.
"Construímos hoje uma das plataformas mais amplas de serviço para conectar fintechs, startups, varejistas, meios de pagamento e parceiros. Temos buscado desenvolver experiências à quatro mãos. São essas construções que levam para os usuários finais algo realmente diferente, não um serviço comoditizado ou simplesmente uma exposição de API. Por trás da exposição tecnológica, existe uma construção da experiência, do tempo ideal de resposta, da forma de levar o produto, das regras do sistema financeiro", detalha Carlos Klein, Diretor BaaS (Bank as a Service) do Banco Topázio.
Todo esse resultado só foi possível porque o banco implementou um modelo de APIs, onde as principais vantagens são justamente a flexibilidade e praticidade para que o desenvolvedor crie novos produtos a partir dos serviços disponibilizados. Através da parceria com a Sensedia, empresa referência em APIs e novas experiências digitais, foi possível a criação em conjunto de todas as estratégias que o banco seguiria no seu processo de digitalização, garantindo segurança e padronização dos processos.
As APIs são elementos-chave para a digitalização de negócios. Elas são um conjunto de rotinas e padrões que permitem acessar informações de softwares, e tornam muito mais fácil a integração entre sistemas diferentes. Elas são a tecnologia por trás de muitas inovações no mercado nos últimos anos, como marketplaces, pagamentos instantâneos e parcerias entre diversos negócios
Segundo Carlos, os ganhos por conta da implementação das APIs se materializam muito rápido. "Crescemos cerca de 1 bilhão de reais movimentados mensalmente e, diariamente nosso universo transacional, que era mínimo, superou mais de 100 mil transações diárias de pagamentos e recebimentos", conta ele.
De acordo com Marcílio Oliveira, COO da Sensedia, ao combinar APIs e Microsserviços é possível conectar parceiros e tecnologia, sendo possível criar novos formatos de negócios, sem precisar desenvolver nada novo internamente. "Um dos principais conceitos do Open Banking é a capacidade de recombinar serviços e novas experiências e este modelo se aplica muito bem nesse cenário, já que o objetivo é inserir uma experiência financeira enriquecedora na jornada do usuário", afirma ele. Além disso, com as APIs é possível conseguir um isolamento muito grande do core bancário, facilitando o processo. "A plataforma traz estabilidade e inteligência, principalmente na parte de segurança", pontua Marcílio.
Klein aponta que "a experiência da Sensedia foi muito útil em momentos em que nós precisávamos fazer as escolhas e entender as consequências para o futuro. Manter segurança e confiabilidade dos serviços, ter alguém que tem bagagem, que tem conhecimento técnico e capacidade de orientar as consequências de cada escolha, indicar os melhores caminhos, foi importante para desenvolver o projeto com confiança e seguir com velocidade pelo mercado que escolhemos. Muito mais do que conectar sistemas e tarifar serviços, essa é uma construção real". Segundo o diretor, foi uma mudança bastante grande na arquitetura e na forma de trabalhar do Topázio. "Rapidamente entendemos que APIs eram uma forma de integração que nos traria velocidade, uma oportunidade de escalar rapidamente a quantidade de serviços expostos e uma condição de integração muito rápida com os parceiros", concluiu ele.
