Sustentabilidade em edifícios hospitalares: integrando tecnologia e eficiência energética

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Nos dias atuais, o ESG (Environmental, Social and Governance) é um tema constantemente discutido, abrangendo diversos setores empresariais, industriais e comerciais. Não é possível considerar um modelo de gestão que não esteja, ao menos em algum grau, entrelaçado com estes princípios, ou ao menos em busca de aplicá-los. Segundo estudo global da Infosys (Radar ESG 2023), os investimentos em ESG nas empresas devem bater os US$ 53 trilhões até 2025.

A sustentabilidade é um dos pilares fundamentais nas práticas de ESG, o que inclui a economia de recursos hídricos, energéticos e uma boa gestão de resíduos também. Ao olharmos especificamente no âmbito dos edifícios hospitalares, nota-se que são grandes consumidores de energia elétrica por precisarem funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Dados das universidades norte-americanas Northeastern University e Yale University de 2019 mostram que os hospitais são os segundos edifícios comerciais que mais consomem energia nos Estados Unidos. E além disso, o sistema de saúde também usa de forma intensiva a energia, para produzir produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. Portanto, é urgente adotar medidas sustentáveis também nesse setor, de modo que todo o consumo energético seja mais eficiente.

Essa otimização precisa ser particularmente apoiada por soluções tecnológicas, uma vez que hoje existem ferramentas capazes de diminuir o impacto ambiental. Um exemplo relevante é a utilização de nobreaks (UPS), que oferecem soluções críticas de energia de reserva para esses espaços, permitindo uma gestão de recursos mais sustentável em hospitais.

Segundo Luiz Carlos Pereira da Silva, engenheiro com doutorado em Engenharia Elétrica e coordenador do projeto Campus Sustentável da UNICAMP, um hospital moderno deve utilizar, por exemplo, sensores que monitoram as operações em tempo real. Com uma plataforma de IoT, é possível coletar dados e, na sequência, por meio de plataformas de software e advisors, produzir informações relevantes para os usuários responsáveis pela operação hospitalar. O objetivo é otimizar o desempenho do edifício.

Assim, é possível considerar que essas práticas mais sustentáveis não trazem vantagens apenas para o meio ambiente em si, mas também para os usuários desses edifícios hospitalares. Isso ocorre porque há uma otimização no aproveitamento de cada ambiente e ferramenta, o que resulta em um melhor rendimento. Logo, abordar as questões de ESG de maneira prática é essencial para alcançar os objetivos de sustentabilidade em qualquer setor ou segmento. Isso implica em saber dialogar e colaborar com todas as áreas da organização, integrando-as com medidas avançadas de sustentabilidade e tecnologia.

Patrícia Lombardi, Líder do Segmento de Edifícios para a América do Sul da Schneider Electric

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