As recentes restrições anunciadas pelo Twitter na próxima versão da sua API (interface de programação) irritaram desenvolvedores de aplicativos populares, como o Twitterrific, Tweetbot, Echofon, entre outros. Assim, alguns deles decidiram acionar a Câmara Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) alegando “limitação de escolha ao consumidor”.
A partir da nova versão, segundo a rede de microblogs, todo desenvolvedor que quiser acesso a qualquer dado da API terá que se registrar e terá sua atividade controlada. O ponto mais polêmico foi o estabelecimento de um teto de crescimento de usuários de uma determinada aplicação, o que restringirá a existência de serviços associados ao Twitter utilizados em massa. O valor máximo a ser atingido é 200 mil pessoas.
Em e-mail enviado ao site The Next Web, o desenvolvedor do AppCubby, David Barnard, revelou ter acionado o órgão americano com o apoio de colegas que têm atuação independente, que fizeram o mesmo. Segundo ele, por mais que seja impossível alegar uma questão antitruste, a imposição do Twitter gerará serviços inferiores e prejudicará o consumidor, portanto, é danosa não somente aos programadores.
“Todas as vezes que revemos o potencial do Twitter, a conversa toma o rumo dos desafios de se gerar receita na app store e qual seria o futuro de desenvolvedores terceiros de apps para a plataforma. Gostaria de pensar que teríamos que superar os desafios da app store com um punhado de estratégias nas quais estamos trabalhamos, mas estou satisfeito que não perdemos muito tempo com isso. Agora, sabemos qual é o destino dos desenvolvedores terceiros do Twitter – uma morte lenta”, lamentou Barnard, fazendo um paralelo com o modelo de negócio da loja de aplicativos da Apple.
