O aumento do uso de dispositivos móveis por funcionários fez com que a IBM elaborasse uma estratégia para gerenciamento desses aparelhos, visando a segurança dos dados de acordo com o perfil de tráfego de cada usuário. Durante workshop realizado nesta terça-feira, 24, em São Paulo, no Forum Mobile+, evento promovido pela Converge Comunicações, o gerente de ofertas para workplace services GTS da IBM Brasil, Ricardo Zakaluk, explicou que o primeiro passo para ter uma estrutura voltada à mobilidade corporativa é fazer um mapeamento para identificar perfil dos funcionários no que tange tráfego de dados corporativos, acesso a informações críticas da empresa etc.
No balanço, a companhia constatou que, atualmente, dos mais de 435 mil funcionários que tem espalhados pelo mundo, 50% fazem trabalho remoto. Além disso, são 600 mil laptops e desktops gerenciados pela empresa, sendo 5% de propriedade do funcionário e 100 mil dispositivos móveis gerenciados, sendo 80% de propriedade pessoal. "O grande número de dispositivos móveis e de propriedade pessoal gerou a necessidade de fornecer um gerenciamento a eles", destacou Zakaluk.
Definindo os perfis dos usuários baseados no consumo de tecnologia, a IBM dividiu sua estratégia em soluções para funcionários cuja mobilidade é opcional, com uma oferta de aplicativos de colaboração essenciais como agenda, e-mail, contatos, conexões etc.; para usuário de mobilidade aprimorada, englobando todas as premissas da opcional mais a sincronia de arquivos, backup, acesso a aplicativos corporativos, entre outros. "Essas estratégias foram nosso foco em 2012", disse o executivo. Neste ano, ele diz que a IBM está implementando a solução para funcionários de mobilidade primária, ou seja, que utilizam 100% dispositivos móveis para trabalhar. Nessa modalidade, o usuário não adotará mais o laptop, e sim o tablet ou o smartphone.
Zakaluk explicou ainda que, para o controle e gerenciamento dos dispositivos é utilizada a ferramenta IBM End Point Manager. Além disso, a empresa oferece uma loja corporativa e uma aplicação de políticas de segurança, a qual os usuários devem assinar como termo de uso dos dispositivos para acesso aos dados da empresa. "Quando o funcionário aceita o termo da adesão, ele aceita a instalação de ferramenta de MDM da empresa, assim o dispositivo será regido pelas normas corporativas", detalhou o executivo. "Se o usuário for roubado ou perder o dispositivo, a IBM consegue apagar os dados corporativos remotamente, mitigando a exposição de informações vitais da empresa", salientou. Não é feita nenhuma restrição sobre a marca do dispositivo, nem tampouco sobre seu sistema operacional, apenas exigindo versões mais recentes das plataformas.
Satisfação do cliente
A partir dessa estratégia, iniciada em 1996 e aprimorada com o avanço do BYOD (bring your on device, ou traga seu próprio dispositivo), a IBM ofereceu a mesma estrutura aos seus clientes e conseguiu medir os resultados a partir do aumento de vendas e produtividade de funcionários. Segundo o estudo, realizado no período de 2009 a 2011, a IBM chegou no 108% de retorno sobre investimento (ROI) do cliente, além de obter uma redução de US$ 5,5 milhões na infraestrutura de mobilidade dos mesmos. "O case interno da IBM foi transformado para uma oferta de serviços aos clientes. Para o estudo, pegamos informações de três clientes globais e estudamos o aumento de vendas, a produtividade dos funcionários, otimização da infraestrutura de mobilidade", concluiu Zakaluk.