O megainvestidor ativista Carl Icahn aumentou sua participação na Apple em cerca de 22%, para 4,73 milhões de ações, e pressionou a fabricante, novamente, a fazer uma recompra de US$ 150 bilhões em ações, segundo informou o jornal britânico The Guardian. As informações foram divulgadas pelo próprio investidor nesta quinta-feira, 24, em carta publicada em seu novo site, denominado "Shareholders' Square Table" — criado para promover o ativismo dos acionistas — e enviada ao CEO da Apple, Tim Cook.
No texto, Icahn menciona um jantar com Tim Cook, em setembro, no qual diz ter criticado a subvalorização das ações da Apple. "Tivemos o prazer de ouvir em nosso jantar que você (Tim Cook) apreciou nossa oferta e que falaríamos sobre isso após três semanas", escreveu. "Queremos reiterar nossa proposta com a esperança de que seja aceita." Icahn também garantiu que não venderá papéis para lucrar com a operação.
Segundo ele, uma possível recompra poderia impulsionar o valor das ações da Apple, dos atuais US$ 525 para US$ 1.250 cada, em um período de três anos. O investidor também disse que pretende continuar aumentando sua participação na companhia. "Não há nada no curto prazo sobre as minhas intenções na Apple", declarou.
" Nossa crítica, como acionista, não tem nada a ver com a sua liderança de gestão ou estratégia operacional. Nossa crítica relaciona-se apenas a uma coisa: ao tamanho e os prazos do programa de recompra da Apple. É óbvio que, para nós, ele deve ser muito maior e imediato ", acrescentou o megainvestidor na carta.
O primeiro investimento de Icahn na Apple foi feito em agosto passado, cujo anúncio fez com que as ações da Apple tivessem elevação de quase 5% na bolsa eletrônica Nasdaq. Especulações no mercado indicaram, à época, que Icahn teria aplicado mais de US$ 1 bilhão na empresa.