CIP S.A. entra no mercado de monetização de dados com foco em PMEs

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Com a expansão da transformação digital, diversos setores do mercado, incluindo o financeiro, buscam cada vez mais modernizarem seus processos, acompanhando as inovações e oportunidades que surgem. Neste cenário de evolução constante, o conceito de Monetização de Dados agora faz parte das iniciativas da CIP S.A. empresa detentora da PCR – Plataforma Centralizada de Recebíveis – Boletos, PCPS – Portabilidade de salário, CTC – Portabilidade de crédito, dentre outras.

Marcelo Bassalobre, gerente de negócios de monetização de dados da empresa, diz que levar ao mercado soluções estruturadas com inteligência baseada em dados é um dos vetores estratégicos da CIP S.A. "A CIP é uma tech company com tecnologias de ponta, de processamento e chegou um momento em que percebemos que poderíamos ir além. Nossa percepção era de uma mudança de alcance no mercado. Não trabalhar apenas com dados transacionais. Começamos a olhar para nossa capacidade e pensamos: Temos muita informação dentro da nossa casa. Ela está aqui e poderia ser usada para um bem maior'. Monetizar é aquele princípio de ter um valor econômico, fazer isso virar negócio para o mercado", afirma.

Marcelo Bassalobre

De acordo com ele, a mudança de visão se deu após estudos do mercado. "Em nosso planejamento estratégico, observamos a transformação digital e a questão do uso de informações para alavancagem do crédito bancário, crédito comercial, prevenção a fraudes dentre outras aplicações. Temos uma grande quantidade de dados de informações aqui e entendemos que monetizar esses dados é produzir algo com essas informações que alguém vai usar na outra ponta gerando benefícios e inteligência".

Sobre os benefícios que os dados gerados pela CIP podem trazer para a sociedade, Bassalobre dá como exemplo novas possibilidades para pequenas e médias empresas: "Quando falamos da pessoa jurídica, tem muita empresa que não é conhecida no mercado pelo seu potencial, e essas informações sobre seu hábito, nós temos.  Podemos dizer que 'Conhecemos seu passado, seu presente e conseguimos projetar o seu futuro olhando suas informações', respeitando todas as questões da Lei Geral de Proteção de Dados bem como o Sigilo Bancário', declara.

O potencial de crédito pode ser classificado de acordo com o hábito de pagamentos da empresa, segundo o executivo: "Vamos pensar num exemplo. A empresa que tem dificuldades de conseguir crédito. Podemos analisar se essa empresa não tem cartão de crédito, mas paga boleto. E paga recorrentemente seus boletos, suas obrigações, tudo em dia, muitas vezes até antecipado. Sabemos qual é o seu hábito de pagamento, o uso de boleto. A gente conhece o hábito de uma empresa em relação aos seus fornecedores. Sabemos se paga em dia, se tem uma carteira de clientes, boa situação financeira. Com essas informações, a CIP pode mostrar que a empresa tem potencial baseado em fluxo e pagamento de cartões, se antecipa ou não seus pagamentos, se na Receita Federal está ativa. Em termos de boletos e de recebimentos de cartões, temos capacidade de traçar o perfil do cliente", ilustra Bassalobre.

"A CIP tem capacidade de conhecer o fluxo de pagamento de uma empresa, seja ele no passado; no agora, no instante zero e a previsão do futuro. Ou seja, temos o pulso do mercado. Nos dados, é possível descobrir comportamentos para que se possa ofertar o crédito. Podemos expandir ou criar novas informações para o mercado, sem deixar de olhar a legislação vigente, a LGPD e o sigilo bancário", explica.

Por fim, o gerente observa que o conhecimento sobre os dados da CIP pode gerar benefícios para a sociedade. "Conseguimos conectar a sociedade, os clientes e a tecnologia para um bem maior: permitir que as pessoas tenham mais acesso ao crédito, tenham mais acesso à informação através do hábito. Monetizar é o efeito final. Nós queremos ser uma empresa Data Driven, uma empresa que gera inteligência com dados. Temos que ter o hábito libertador de ter opiniões baseadas em fatos. É saber que a correlação entre a variável de pagamento e a variável de endereço é muito forte. Ela permite que uma instituição dê crédito baseado no hábito de boleto. É produzir indicadores que permitem olhar para aquela relação e possibilitar modelos preditivos, ou seja, prever o que vai acontecer com cliente. Isso é ciência de dados", diz.

"Se juntássemos as duas variáveis para uma determinada região que tem alto índice de desemprego poderíamos avaliar: 'Aqui, se ofertar crédito para determinado tipo de público, você fomenta o desenvolvimento'. Empresas poderiam empregar recebendo crédito para produzir, fazer a roda virar. Quando a economia gira, a sociedade tem mais emprego. Na ciência de dados é possível gerar informações para descobrir possíveis modelos que vão trazer economicamente valor para a sociedade", conclui Bassalobre.

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