A vinda de uma delegação do governo angolano ao Brasil esta semana marcará o início de uma aproximação da Oi e algumas empresas do setor de telecomunicações de Angola para um possível projeto ambicioso: a construção de um novo cabo submarino de comunicação entre Brasil e África. Uma das etapas da aproximação se dará nesta terça, em Brasília, em um evento com a presença de reguladores do país africano, do governo Brasileiro e da Oi. As negociações para a construção do cabo, segundo apurou este noticiário, são entre a Oi e a Angola Cable (empresa formada pela estatal Angola Telecom e pelas operadores Movicel, Unitel, Mundo Sartel e Mstelcom), mas os dois governos acompanham as conversas. Segundo fontes do mercado, é um projeto que deve chegar a algumas centenas de milhões de dólares. Hoje, Brasil e África são ligados pelo cabo Atlantis 2, com capacidade de 40 Gbps, operado pela Embratel e que liga Brasil, Portugal, Cabo Verde e Senegal. Recentemente, o mesmo consórcio angolano que conversa com a Oi também anunciou um novo cabo submarino ligando África do Sul à Inglaterra, tendo Angola como ponto de amarração. A deficiência de infraestrutura de Internet é hoje um dos maiores problemas enfrentados pelos países africanos para conseguir baratear e popularizar o acesso à banda larga.
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