Nos últimos anos, a mídia programática tem auxiliado marcas a se comunicarem com públicos-chave com uma maior precisão e eficiência diferentemente de outros métodos tradicionais. Suas soluções têm ganhado cada vez mais espaço e as expectativas para que aconteça uma expansão são as mais promissoras. Segundo um estudo conduzido pela Insider Intelligence/eMarketer, o investimento em anúncios de display programático devem aumentar três vezes mais rápido (15,9%) do que o não programático (5,3%) até o fim deste ano.
Mas por que isso vem acontecendo? Desde a pandemia, o uso de smartphones cresceu significativamente, transformando-se em uma das principais formas de interação cotidiana, seja em transportes públicos, restaurantes ou outros espaços. Essa mudança tem exigido que marcas se reinventem constantemente para se comunicar com os seus públicos-alvos.
O que acabou refletindo significativamente na forma que a publicidade digital tem apostado em alternativas para otimizar suas campanhas no mercado mobile. Isso porque com o auxílio desta forma de tecnologia, marcas têm a possibilidade de explorar novas formas de se conectar com o seu público de maneira estratégica, sendo por meio de anúncios via display, vídeos, redes sociais, em áudio ou até mesmo por publicidade in-app.
E não para por aí. Por meio desta tecnologia, marcas são capazes de ter acesso a dados estratégicos como interesse, idade, região geográfica em que vive, entre outros, para conduzir suas campanhas e se comunicar com um grupo seleto de pessoas que sejam estratégicas para o seu momento atual, o que traz uma maior assertividade para as suas campanhas e, consequentemente, aumenta as possibilidades de conversão.
Esse movimento, apesar de positivo, também trouxe uma série de desafios para o mercado de publicidade. Muitas plataformas precisaram se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o que exigiu que o mercado mobile explorasse alternativas de segmentação que não infringirem a legislação vigente. Como saída, muitas marcas passaram a exigir dentro das suas plataformas a opção de autorização de compartilhamento de dados, o que se tornou uma ótima saída e continuou ajudando não só o mercado em si, como também garantindo a segurança de todos os consumidores.
Com o passar do tempo, também temos observado a expansão da atuação da Inteligência Artificial (IA) no segmento, o que tem permitido a automação de campanhas e a criação de anúncios diretamente nas plataformas do Google e Meta, por exemplo, eliminando um processo intermediário e permitindo criações mais eficientes.
Como citado no início deste artigo, podemos esperar uma atuação mais ampla da mídia programática dentro do mercado mobile. Com a constante evolução da IA, da implementação de práticas de machine learning, a tendência é que ela ajude marcas de todo o mundo a melhorarem cada vez mais a sua eficiência e precisão da entrega de conteúdo para o seu público-alvo.
Embora enfrente alguns desafios perante as constantes atualizações sobre segurança de dados, o segmento tem mostrado uma grande capacidade de se reinventar ao longo do tempo, garantindo um futuro ainda mais promissor para o mercado de publicidade digital no país.
Paula Freire, Diretora de Ad Sales da Siprocal.