IDC: Gastos com TI devem crescer apenas 0,5% neste ano

A continuidade da desaceleração da economia global, aliada à perspectiva de queda no PIB de diversos países, levou a IDC a rever para baixo o crescimento dos gastos mundiais das empresas com TI. A consultoria estima agora um crescimento de apenas 0,5% neste ano, contra a estimativa anterior de aumento de 2,6%, anunciada em novembro de 2008.
Segundo a IDC, o maior impacto será sentido nos mercados globais de hardware, que tendem a registrar gastos 3,6% inferiores neste ano, puxados por um forte declínio nas compras de servidores, PCs e impressoras.
A despesa das empresas com software e serviços, em contrapartida, deverá crescer 3,6%, para US$ 1,33 trilhão. Mesmo assim, deve significar uma queda ante a projeção anterior da consultoria, que estimava aumento inicial de 4,6%, e, depois, de 3,7%.
Nos Estados Unidos, a IDC aponta que os gastos com TI vão ser de US$ 491 bilhões neste ano, apenas 0,1% superior, o que faz com que o índice praticamente se mantenha estável em relação ao ano passado. A projeção anterior da IDC era de uma alta de 0,9%.
Os investimentos em TI na Europa seguirão os dos EUA e devem crescer 0,1%, 1,1% a menos do que a previsão inicial de alta de 1,2%. A IDC espera que aos gastos na Alemanha e no Reino Unido permaneçam inalterados neste ano, enquanto que na França e na Itália registrarão quedas.
A previsão de crescimento das despesas com TI na região da Ásia-Pacífico (excluindo Japão) também foi reduzida para 1,4% de crescimetno, contra previsão anterior de expansão de 4%. Na China, os aportes em TI tendem a ser 6,5% maiores neste ano, e na Índia, 5,7% superiores. Já o Japão investirá 1,8% a menos em TI.
De acordo com a IDC, na América Latina a previsão de aumento dos gastos das empresas com TI neste caíram de 8% para 4%. O Brasil será o principal mercado e tende a registrar uma alta de 6% nos aportes, contra estimativa inicial de aumento de 9%.
A região do Oriente Médio e África foi a que apresentou a menor queda na projeção de crescimento das despesas com TI, para a qual agora é estimado um aumento de 8%, ligeiramente inferior à expectativa inicial de 8,5% de alta.